Obesidade é um dos grandes problemas da humanidade moderna. Obesidade é proporcionalmente inversa ao encurtamento da vida, quanto mais quilos menos anos de vida. Emagrecer não é fácil e é tão ou mais difícil manter-se no peso.
Há livros, artigos, métodos, às porções orientando aos interessados, mas o melhor mesmo é o autodomínio, uma alimentação adequada e exercícios físicos. Os brasileiros estão ganhando cada vez mais sobrepeso.
A excelente revista “Vida e Saúde” informa “Segundo o Ministério da Saúde, que em dez anos a obesidade aumentou em 60%, ou seja, o número de obesos no país cresceu de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016 e o número de hipertensos e diabéticos cresceu da mesma forma”; o crescimento da pré-obesidade de 42% para 53,8%; o pior, mais de 7% das crianças menores de 5 anos estão acima do peso.
Estima-se que em 2025, 70% dos brasileiros estarão acima do peso. Consequentemente virão as doenças cerebrovasculares (infarto, A. V. encefálico), cânceres e diabetes e mortes. Boa parte dessas doenças é evitada com a prevenção da obesidade.
É vital manter o peso adequado; se necessário perder peso, mudar o estilo de vida com uma dieta correta, prática de esporte ou exercícios físicos, necessita de “domínio próprio”.
Há vários tipos de tratamentos, mas precisa sempre que o doente esteja motivado e auxilie na recuperação de seu IMC ideal (índice de massa corpórea). O método “Balão Intragástrico”, já usado por 40 mil pacientes, é um balão plástico introduzido no estômago por endoscopia e aí inflado com certa quantidade de líquido para dar saciedade ao paciente.
É retirado após 6 meses ou mais, furando o saco plástico com uma agulha via endoscópica pela boca. Outro método é o Gastroplastia por endoscopia com 500 procedimentos no Brasil e 4000 no mundo. Nesse processo sutura-se o estômago para que o paciente sinta saciedade com menos alimento.
A grande vantagem deste método é o tempo de recuperação é bem menor. Outro método, Plasma de Argônio Endoscópico – reduz a passagem do suco gástrico ao intestino estreitando a abertura. Com isto o paciente sentirá saciedade. Todos esses métodos são excelentes ferramentas, mas precisam da dedicação do paciente. Ainda o melhor recurso é a adequada alimentação e exercícios físicos.
Outro problema avassalador da humanidade é o maldito cigarro. Nem mesmo os fumantes, ignoram os malefícios do tabagismo: enfisema pulmonar, cânceres, bronquite, e muitas outras enfermidades graves e a morte. O número de fumantes vem diminuindo, embora altíssimo.
O Diabo não perde tempo, na era eletrônica oferece o cigarro eletrônico com a propaganda, maravilha moderna, fácil, barata, sem os venenos cancerígenos do cigarro comum. No Brasil a venda é proibida, mas sabe-se que há muitos fumantes; que adquirem via Paraguai.
Compraram a ilusão de que o eletrônico é uma alternativa saudável e barata. Cada vez mais popular, nos EUA há 9 milhões de consumidores. Segundo pesquisa 6 pessoas morreram e 380 estão diagnosticadas com doença pulmonar originada pelos cigarros eletrônicos.
Alguns estados já os proibiram e o Presidente pretende vetar em todos os EUA. A doença é parecida com a pneumonia, causa inflamação pulmonar, fadiga, náusea, vômitos, falta de ar, dor de cabeça, tontura, dor no peito e morte. Simah Herman, 18 anos, estudante, começou campanha contra a “vaporização”.
Ela conta que após 48 horas de uso dos eletrônicos, seus pulmões começaram a falhar. Não se conhece o elemento causador do mau, porém, sabe-se que os doentes usaram por 90 dias. Segundo pesquisa americana muitos continham THC, acetato de vitamina E, outros usaram apenas nicotina.
Os cigarros eletrônicos mais modernos, como o “Juul” são mais viciantes, contendo a quantidade equivalente a 20 cigarros comuns, além dos sais de nicotina; são muito mais potentes, suaves na garganta, geram dopamina, facilitam tragar e aumentam o prazer.
A recomendação dos pesquisadores e dos doentes é “fique longe deles”, e “qualquer pessoa que apresente os sintomas associados à doença e tenha usado cigarros eletrônicos nos últimos 90 dias deve procurar um médico” Veja, 25/9/19, p.79.
Não destrua sua saúde, não entre nessa de experimentar achando que você é diferente, não ficará viciado nem doente. A perda da saúde dói em toda a família! E como dói!
ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História
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