Petrobras aumenta preço da gasolina e do diesel nas refinarias; reajuste passou a valer nesta quinta-feira (19) e vem após disparada nos preços internacionais do petróleo por conta de ataques na Arábia Saudita
A Petrobras elevou o preço médio do diesel nas refinarias em 4,2%, e o da gasolina em 3,5% nesta quinta-feira (19). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da estatal, na quarta-feira (19).
O repasse ou não do aumento para os consumidores finais fica a critério das distribuidoras e postos.
Na tarde desta quinta-feira (19), a reportagem d’O Semanário fez uma pesquisa de valores com cinco postos de combustíveis de Capivari (3) e Rafard (2). Apenas um posto de Rafard ainda não aplicou o reajuste.
Os valores do litro da gasolina variam entre R$ 4,05 (menor cotação) e R$ 4,25 (maior cotação). Já os preços do diesel estão entre R$ 3,30 à R$ 3,79 por litro.
Reajuste
O reajuste vem após a disparada nos preços do barril do petróleo no mercado internacional, na segunda-feira (16), em consequência dos ataques a instalações petroleiras na Arábia Saudita no fim de semana. O incidente baixou pela metade a produção do maior exportador da commodity do mundo.
No mesmo dia, a estatal afirmou que manteria o preço dos combustíveis até que os valores do petróleo se acomodassem.
Após a disparada, os preços da commodity vêm caindo desde terça-feira (17), compensando parte do aumento, depois que a Arábia Saudita anunciou ter restabelecido parcialmente sua produção e que uma retomada por completo será rápida.
De sexta-feira (13) até agora, o barril do Brent – referência internacional – acumulou alta de 5,6%, fechando na quarta-feira (18) à US$ 63,60 por barril, segundo a agência Reuters.
Política de preços
A política de reajustes de preços da Petrobras leva em conta as cotações internacionais, além de outras variáveis. O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, disse que os reajustes desta quarta dão claro sinal de que a empresa está caminhando para praticar preços alinhados com o mercado internacional.
“Aguardar a estabilização dos preços após o evento na Arábia Saudita era necessário.”
O chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, aponta que a Petrobras está “seguindo as condições de mercado”.
“O ajuste que ela fez (no diesel) está muito próximo do que reflete a paridade de importação no mercado internacional agora. Então está equalizando as condições de mercado”, disse à Reuters.