Em posse dos dados de 21 mil cartões de crédito, grupo gerou prejuízo estimado de R$ 14 milhões
Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam nesta semana, quatro integrantes de uma quadrilha especializada em golpes utilizando cartões de crédito.
De acordo com uma estimativa da investigação, o prejuízo gerado pela associação criminosa giraria em torno dos R$ 14 milhões.
Os detalhes deste caso foram anunciados na tarde de segunda-feira (16), durante coletiva de imprensa concedida pelo delegado Fabiano Barbeiro, da 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, responsável pelas investigações que tiveram início em maio.
O levantamento apontou que os integrantes desta organização tiveram acesso aos dados de 21 mil cartões de crédito habilitados para compras internacionais. De acordo com o delegado, estes dados teriam sido obtidos, mediante pagamento, por meio da utilização da chamada deep web.
Em posse destas informações, os criminosos criaram empresas fictícias e utilizaram os dados dos cartões atuando nas duas pontas do comércio eletrônico, ou seja, operando como compradores e vendedores de produtos, pagando assim a eles mesmos.
“Observamos que a maior parte dos valores foram redirecionados para criptomoedas, inclusive, um dos detidos informou ser corretor desta modalidade. Com isso, acreditamos que esta oportunidade tenha surgido como uma forma de ocultar os valores obtidos com os golpes”, afirmou o delegado responsável.
Em cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão, os policiais apreenderam mais de 500 cartões de crédito físicos falsificados, duas impressoras de cartões, computadores, celulares e relógios.
As ordens judiciais foram realizadas nas cidades de Guarulhos, Poá e Suzano, na Grande São Paulo; São José dos Campos, no Vale do Paraíba; e São Vicente e Praia Grande, no Litoral.
As investigações prosseguem agora em duas frentes: identificar e localizar os outros integrantes da quadrilha e rastrear o dinheiro obtido de maneira fraudulenta pelo grupo.