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Grupo que importava e revendia sementes de maconha no Brasil é preso

Imagem ilustrativa

Desde 2017, acusados traziam material do Chile e distribuíam para todo o território nacional

O Ministério Público Federal denunciou os integrantes de um grupo especializado na importação e na revenda de sementes de maconha para todo o Brasil a partir da capital paulista.

Os itens eram trazidos do Chile e comercializados por meio de uma página na internet e em redes sociais. Os envolvidos mantinham o esquema desde janeiro de 2017 e continuaram as vendas mesmo após a deflagração da Operação Seeds Bank, em março de 2018, que desbaratou as atividades ilegais e levou alguns dos integrantes à prisão.

O líder é um cidadão chileno que, de Santiago, fornecia as sementes e coordenava o funcionamento do site de vendas. O material era transportado para São Paulo em viagens de ônibus e entregue a duas pessoas responsáveis pelo armazenamento, o gerenciamento do estoque e a distribuição nacional.

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Cada “pack” de sementes de maconha, que continha em média 3 unidades, era vendido por cerca de R$ 40. O grupo comercializava também equipamentos e outros insumos necessários ao cultivo da planta. Anunciados pela internet, em panfletos e revistas, os produtos eram remetidos aos compradores pelos Correios ou por meio de entregas diretas.

A denúncia atribui aos acusados os crimes de tráfico internacional de entorpecentes e associação para o tráfico. Entre as provas dos delitos, estão: o conteúdo de conversas telefônicas interceptadas sob autorização judicial e extratos bancários que demonstram as movimentações financeiras dos envolvidos. Itens encontrados com os integrantes do grupo no dia da deflagração da Operação Seeds Bank também revelaram a natureza do esquema. Na ocasião, além de grande quantidade de sementes, as autoridades apreenderam mudas de maconha, produtos para o cultivo, registros do fluxo de caixa e dinheiro nacional e estrangeiro em espécie.

“A associação caracterizou-se pela formação de uma estrutura empresarial, longeva e estável, em que os associados dividiam tarefas, com o fim de obter lucro mediante a importação, a comercialização e a distribuição de entorpecentes”, afirmou o procurador da República Luís Eduardo Marrocos de Araújo, autor da denúncia.

As investigações tiveram início na Polícia Civil de Minas Gerais, após uma moradora de um município na região de Pouso Alegre (MG) registrar um boletim de ocorrência relatando o recebimento por engano de uma encomenda dos Correios com sementes de maconha. O caso foi remetido a São Paulo devido à constatação de que a capital paulista era a base de operação do grupo.

O número dos autos judiciais é 0004965-53.2018.4.03.6181. A tramitação pode ser consultada aqui.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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