Você já ouviu falar em coprofagia? A prática do animal comer as próprias fezes parece assustadora, mas é preciso cautela para identificar as causas e buscar ajuda. Vários fatores podem estar envolvidos, como desnutrição, verminoses, deficiência de vitaminas e até mesmo problema comportamental.
Nos casos de desnutrição ou má nutrição, o tutor deve ficar atento se não está alimentando o pet com uma ração de má qualidade. Acontece também em cães resgatados, que demoram a recuperar o score corporal.
Em ambos os casos, o cão tenta buscar mais nutrientes para o organismo, então, reage comendo as próprias fezes.
O tutor deve ficar atento também na rotina de alimentação do cachorro. Não se deve dar uma única dose de ração, mesmo que seja a quantidade diária recomendada pelo veterinário.
Essa prática pode desenvolver uma sobrecarga do sistema digestório, o que leva as fezes a terem um alto grau de produtos alimentares não digeridos. O ideal é alimentar em pequenas doses durante todo o dia.
A apresentação da coprofagia pode ser também uma reação comportamental. Muitas vezes, quando o tutor repreende de forma rígida o local em que o pet defecou, ele pode entender que defecar é errado. Assim, começa a comer as fezes para “esconder o erro grave”.
As verminoses, causadas por parasitas gastrointestinais, são causas muito comuns para o desenvolvimento da coprofagia. Em casos mais raros, há também a possibilidade do pet estar com pancreatite exócrina ou deficiência de vitaminas.
A procura por um profissional especializado em saúde animal é indispensável em todos os casos. Desta forma evitamos tomar medidas equivocadas que podem piorar o quadro do seu animal de estimação.
O tutor e o médico veterinário devem entender as causas juntos. Com o diagnóstico preciso, é possível prescrever vermífugo, ajustar a dieta, solicitar exames e obter a solução do problema com mais agilidade e menos sofrimento para seu melhor amigo.
Por Renata Basile Medina – Médica Veterinária na Petland Higienópolis, em São Paulo/SP