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Bíblia sem preconceito – 7

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História

O dilúvio relatado no Gn 6 a 8 tem suscitado discussões, desde o século 18 com o criticismo bíblico. Samuel Golding afirma que a Bíblia é unicamente de origem humana e não divina. Iohann Semler diz que a Bíblia é um livro como qualquer outro, e deve ser rejeitado seu relato sobre milagres. Embora acadêmicos esses críticos são incoerentes entre eles mesmos, e muitos têm voltado a crer na inspiração da Escritura. Helen Gardner, especialista em literatura clássica disse que o criticismo é ultrapassado e foi abandonado pelos especialistas. John Van’t Setters da Universidade de Yale, diz em seu livro “Editing Bible”, que os críticos do século 18 erraram por adotar o método de anacronismo e não merecem crédito. Em verdade, há muitas evidências científicas da sua inspiração divina: unicidade escriturística, o cumprimento de suas profecias, o poder de transformar o caráter humano, a sua própria preservação ante tanta perseguição, a veracidade comprovada pelos historiadores, arqueólogos, geólogos, paleontólogos, e outros cientistas. Victor Hugo escreveu: “A Inglaterra tem dois livros: Shakespeare e a Bíblia. A Inglaterra fez Shakespeare, mas a Bíblia fez a Inglaterra”. Realmente, o mundo foi feito pela Bíblia, exemplo disto são o povo de Israel, a história dos EUA, a história do Mundo (Dn 2,7) e muitos outros.

O dilúvio, inundação mundial cujas águas subiram 8 metros acima das montanhas e prevaleceram por 40 dias destruindo os seres vivos exceto aqueles que entraram na arca feita por Noé e seus auxiliares, também confirmado por muitas evidências científicas.

Numar S.C.B. mestre em ciências, com várias publicações, inclusive com artigo sobre Genética na “Clinical Medical Resort”, destaca setenta comprovações do dilúvio. A teoria de “Hidroplacas” revela que o globo anterior ao dilúvio tinha montanhas de altitude de 2.500m e o abissal de 3.500m máximos. Poços de até 12 km encontraram mares com água mais salgada e mais quente (180º) do que os oceanos. Em 2015 um artigo científico revelou haver, a 680 Km de profundidade, reserva de água três vezes maior que os da crosta terrestre. Gn 1:6-9, 11, diz que Deus fez o firmamento (espaço sideral – água gasosa) e separou-a das águas da superfície do globo, depois juntou as águas da superfície num só lugar (um oceano) surgindo a porção seca (um continente).

O dilúvio foi uma catástrofe mundial: erupções vulcânicas, escurecimento mundial total, 40 dias de chuva torrencial com enormes granizos, gêiseres jorrando água subterrânea, resfriamento brusco da temperatura bem abaixo de 0º surgindo as gigantescas e grossas calotas gelo, queda de meteoritos, extinção da vida vegetal e animal e deslocamento do eixo terrestre. Se apenas a barragem de Brumadinho fez tão grande estrago, imaginemos as águas dos rios e mares, além da chuvarada, mais a subterrânea jorrando de tantos lugares! Facilmente sobrepujaram os 8m acima dos montes. Na China encontraram pegadas de tiranossauros carnívoros correndo ao lado dinossauros herbívoros em fuga pela sobrevivência. A divisão do continente em cinco, além da sua fragmentação surgindo tantas ilhas, várias de origem vulcânica, bem como a salinização dos oceanos (lavas vulcânicas são ricas em sais) são evidências do dilúvio. Dr Leonard R. Brand mostrou com experiências laboratoriais, que a reformação geológica, rápida e por turbidez e a disposição em que os fósseis são encontrados (todas as espécies na mesma camada geológica) são claras evidências do dilúvio (normalmente, anfíbios afundam primeiro, peixes a seguir, então mamíferos e repteis, por último, aves).

Walt Brown, cientista PHd, professor titular da Academia da força Aérea dos EU, em seu livro “In The Beginning: Compelling Evidence for Creation and the Flood” mostra que somente uma inundação mundial, catastrófica poderia inclinar o eixo da terra causando mudanças bruscas, empurrar blocos enormes de pedras e terra, elevando a altitude de montanhas a quilômetros, rasgar fendas submarinas com milhares de quilômetros de extensão, como no Pacífico ocidental. Somente catástrofe de tal magnitude pode explicar animais e vegetais tropicais (até peixes), encontrados nos picos de montanhas sob neve perpétua. Esses fósseis, prensados nas rochas repentinamente, alguns mastigando alimento, mostram haver tido um tsunami incomensurável, destruidor e inesperado.

“Diz o nescio: não há Deus” Sl. 14:1”

ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História
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Jornal O Semanário

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