Ainda sobre o Grupo Escolar de Raffard (de saudosa memória), não podemos deixar de citar, além das matérias básicas: Aritmética, Geografia, Português e História, a excelente Educação Moral e Cívica, retirada injustamente do currículo. Com essa infeliz atitude, os responsáveis pela nossa Educação e Cultura privaram os alunos de aprender e cantar todos os Hinos, respeitar as Bandeiras e as pessoas, cumprir horários e uniformizados, desfilarem em datas festivas pelas ruas da cidade, acompanhados pelos professores.
O respeito era observado em todos os sentidos e durante as aulas, a voz do professor (a) era ouvida em silêncio, sendo a do aluno apenas para responder perguntas ou pedir algum esclarecimento sobre a matéria em pauta.
Findo o Curso Primário, em rápido Curso Preparatório, estava o estudante apto a exame de admissão ao Curso Secundário ou Ginasial onde prevaleciam o respeito e disciplina, com todos os alunos uniformizados durante as aulas. Nesse curso estudava-se Português, Francês, Inglês (no 5º Ano o Latim), matemática, música (havia coral ao som de piano) e praticava-se ginástica e jogos orientados por instrutores. Estamos nos referindo a Ginásio Estadual do Governo.
Este comentário é feito para que os leitores possam fazer uma comparação, entre aqueles tempos e os atuais quando a profissão de educar é, pela comprovada falta de respeito e segurança, uma “profissão de risco”, sem falar no baixo ordenado recebido.
Prestamos mais uma vez nossas homenagens aos dignos professores; Oscar Stein e Jordão Marins Peixoto e as dedicadas e competentes professoras, Dona Lucrécia Pellegrini Luchi Ferreira e Dona Benedicta de Camargo que então, participando do Corpo Docente do G.E.R. nos orientaram em estudos do 1º ao fim do 4º Ano.
Integramos a classe que unida às demais, sob a orientação do diretor Sr. Ricardo Wagner, lançou a “pedra inaugural” do atual EEPG “Prof. Luís Grellet”.
Com o passar dos anos, outros educandários foram inaugurados, na cidade e nas fazendas, facilitando a frequência e alfabetização dos menores.
Não podemos deixar de citar a saudosa imagem do nosso colega do Curso Primário, o Padre Renato Luchi emérito educador que fundou quando pároco em Rafard – sua terra natal – a Escola de Comércio onde se formaram dezenas de jovens, tendo como seu colaborador o professor Ernesto de Marins. Mais uma irreparável perda na Educação e Cultura de Rafard, pelo encerramento de suas atividades. (Segue)
Cidadania
Sem dúvida alguma, muitas pessoas devem comentar sobre a nossa insistência em tentar mostrar e separar justificando, o certo do errado, como o caso do desperdício da água. Embora por todos os meios de comunicação seja divulgada a fase difícil que passamos e o risco da “extinção da água potável”, “certas pessoas?” continuam substituindo a vassoura pelo jato d’água, nas calçadas e até no asfalto, enquanto “batem-papo” com os passantes. Essa despreocupação é, além da falta de boa educação, causada pelo baixo preço cobrado pelo precioso líquido, um dos vícios de alguns, aos quais “se não mexer no bolso”, o resto que se dane! A prática da cidadania é justamente auxiliar os administradores, a bem da comunidade, afinal vivemos aqui, sendo nossa obrigação cuidarmos com carinho desta terra. A vocês que atiram lixo na rua logo após a passagem do coletor, pedimos que ponham a mão na consciência e mudem o procedimento. Também quem deixa sobre as calçadas e asfalto: areia, pedriscos, tijolos e outros entulhos, que recolha ou mande retirá-los, antes do fim do ano porque está uma vergonha… Antecipando nosso agradecimento pelo atendimento, desejamos a todos Boas Festas e um Feliz 2019. É isso.
ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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