Triste ver a situação da Fazenda Itapeva, na área rural de Rafard. Como bem disseram alguns vereadores na última sessão ordinária, a doação das terras ‘era pra ser a solução e não um problema’.
Mais triste ainda é ver o quão prejudicial é para os municípios e, principalmente, para as famílias que necessitam, a ingestão, ingerência e ineficiência do poder público.
A área de terra, doada pela empresa Radar ao município, tinha o intuito de preservar a história da fazenda, as famílias, que estavam sendo ‘despejadas’ das casas e, também, manter algumas propriedades ao seu entorno, como a Capela São João Batista.
Infelizmente, o que se viu até agora, é que o local foi utilizado como moeda de troca nas últimas eleições, promessas de lotes para dezenas de famílias, construções iniciadas de forma irregular e por aí se vai.
Ora, como é possível tanta irresponsabilidade?
É inaceitável que os governos das diversas esferas – Municipal, Estadual e Federal – cobrem que o cidadão seja direito, e não consiga devolver a prestação de serviços públicos da mesma maneira.
A prova da inércia e desprestígio das forças políticas rafardenses estão escancaradas para quem quiser ver. É só comparar o ritmo da construção das casas populares de Mombuca, iniciada bem depois que as de Rafard e, se ‘bobear’, devem ser entregues primeiro.
Analisem a situação das estradas, saiu do perímetro rafardense, a maioria é duplicada. Só o nosso ‘pedacinho’, incluindo Capivari, vive às minguas. É piscina abandonada de um lado, cemitério municipal praticamente lotado, constantes faltas de água, distrito industrial esquecido e por aí caminha a humanidade.
Temos batido na tecla de que é preciso planejamento e investimentos, principalmente no caso do abastecimento de água no município, bem como a prestação de serviços essenciais, como a limpeza pública e saneamento básico.
As coisas não vão acontecer sem planejamento e mão na massa. Se há trabalhos nesse sentido, que sejam expostos para toda população.
No que depender da sociedade, é preciso cumprir suas obrigações, mas também cobrar que os recursos sejam investidos de maneira assertiva e sustentável.
Bora bora que o tempo não para!