O risco de uma gravidez indesejável para quem é usuário de drogas é muito alto, e também o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Avisar não adianta. Existe o ditado: quem avisa amigo é, mas não para essas pessoas; conselho não funciona para os dependentes químicos. Por quê? Eles perderam o controle, não conseguem ficar sem o uso de substâncias psicoativas. Sempre precisam de mais uma dose para satisfazer a fissura do vício, e quando não conseguem usam o álcool – no geral, a “cachaça”.
As mulheres no uso se prostituem por nada.
“Credo! E ainda tem parceiros para tanto?”, você poderia perguntar. Sim, e não são jovens os que coabitam com elas.
Aquilo que era previsível aconteceu com uma dessas muitas jovens usuárias de drogas hoje no Brasil: foi estuprada. Previsível não por ser mulher, não por ser usuária de drogas, mas pela vida desregrada e promíscua em que vivia.
E agora, é justo que se cometa mais um delito, fazendo o aborto?
Existem casos de estupro em que a pessoa não tem comprometimento algum com álcool e outras drogas, tem vida social satisfatória, é casada, e acaba sendo vítima da violência do abuso sexual e também engravida.
Fazer o aborto com o apoio da lei? Morto o feto, não se anula a causa que o gerou, nem se satisfaz uma vingança, pois o bebê é um parceiro que retorna para o convívio naquele núcleo familiar.
Não, um crime não compensa o outro. Se não quer a criança, há centenas de casais aguardando para adotar um filho. A gravidez também passa, só o remorso que pode durar a vida toda. E mais: existe uma lei divina que vai devolver tudo aquilo que damos para a vida.
Perdoar e ceder é ainda a melhor alternativa.
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ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
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