Éramos seis os motoqueiros em nosso tempo de jovens e nem éramos tão errantes assim…
Bernardo Abel e Zé Maria com sua moto 49 CC que foram compradas de Miguel Assad.
José Polastre com sua 80 CC, retirava o miolo do escapamento e fazendo roncar o motor pelas ruas da cidade nas altas horas da noite, despertava a ira daqueles que queriam descansar e iam cedo para a cama, pois tinham que pegar cedo no batente, em especial de Maninho Bragion, que não perdia a oportunidade de externar sua indignação com palavrões impublicáveis ao roncar das motos.
Foram passeios incríveis, comendo poeira nas estradas sem asfalto de Porto Feliz, ou tomando uma chuvarada ao voltar de outras cidades vizinhas como Rio das Pedras.
O Cabo Camargo, policial respeitado e temido na cidade por suas maneiras de disciplinador, tendo inclusive durante algum tempo dirigido a Fanfarra formada pelos alunos das escolas da cidade, ao ver-nos com a moto vinha de encontro para nos recriminar.
Julinho e Panhó (a dupla da foto) eram os nossos fiéis escudeiros, e sempre prontos a consertar nossas máquinas voadoras, que para ser sincero, nem chegava a correr, se comparadas as de hoje…rsrs.
Passado algum tempo, mudamos de fase em nossas vidas, vendemos as motos e nem faço ideia onde estejam aquelas que para nós era a sensação do momento.
A minha, lembro-me que vendi para Ginho Ortolani e foi substituída por uma 380 CC comprada de Osmir.
Gostosos momentos, onde corríamos de cabelos ao vento (afinal ainda tínhamos cabelos naquele tempo), girando por Tietê, Porto Feliz, Mombuca, Rio das Pedras, Capivari , Monte Mor…
Bons e saudáveis momentos…
(Relato adaptado do Livro “Rafardeando” onde José Maria de Campos, conta a fase de sua juventude, quando ter uma moto era sinal de status e liberdade)
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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