Tenho encontrado pais e familiares desesperançados com os entes queridos que se envolveram com o álcool e com as drogas.
Os pais e familiares precisam de ajuda. Por não conhecerem do assunto, procuram ajuda com pessoas que também não conhecem, pessoas que muitas vezes acabam por assombrá-los com prognósticos de temor e desequilíbrio, causando mais pânico antes os distúrbios e calamidades que o abuso das drogas provocam.
Digo sempre a eles que busquem ajudam com aqueles que podem ajudá-los. Alguém que já passou por experiência e obteve resultado, ou os grupos de ajuda mútua nesta área, ou especialistas na área, como psicólogos, terapeutas e psiquiatras – mas sugiro que não desistam de seus familiares que se deixaram envolver por essa densa nuvem de sofrimento, que um dia começou radiante na ilusão. Sim, porque o álcool e outras drogas produzem prazer e euforia.
Todos estamos interligados na mesma caminhada de realizações e devemos conservar a esperança como material indispensável em nossa mala de viagem, como socorro necessário.
Perdoá-los em suas insanidades é sustentar a luz do amor. Buscar socorro através dos recursos disponíveis é fundamental para restabelecer a saúde física, mental e espiritual dos familiares, também doentes. Creia em Deus, que sempre vai restaurar as nossas esperanças na saúde plena.
Transcrevo uma página do livro Caminho espírita (IDE), do médico espiritual André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, intitulada “Não perca”:
“Não perca a esperança. Há milhões de pessoas aguardando os recursos de que você já dispõe.
Não perca o bom humor. Em qualquer acesso de irritação, há sempre um suicidiozinho no campo de suas forças.
Não perca a tolerância. É muita gente a tolerar você naquilo que você ainda tem de indesejável.
Não perca a serenidade. O problema pode não ser assim tão difícil quanto você pensa.
Não perca a humildade. Além da planície, surge a montanha, e depois da montanha aparece o horizonte infinito. (…)
Não perca tempo. Os dias voltam, mas os minutos são outros.
Não perca a paciência. Recorde a paciência inesgotável de Deus.”
ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.
