13/04/2018
Descarrilando em 3, 2, 1…
EDITORIAL | Denúncia daqui, denúncia dali, e a política rafardense começa a seguir, mais uma vez, o rumo mais amargo e burocrático da administração pública.
Certo ou errado?
Cabe a cada um tirar suas próprias conclusões. A verdade é que a ‘guerra política’ travada entre Executivo e Legislativo só vai tardar ainda mais as coisas. Não bastasse a morosidade com que a ‘coisa pública’ se encontra, as energias começam a ser investidas no que poderia ser resolvido com diálogo e humildade.
Depois das denúncias contra a Prefeitura de Rafard, ou melhor dizendo, contra o atual prefeito, Uil Maia, acerca da coleta e despejo irregular de lixo e a dificuldade na aprovação de projetos importantes para o governo municipal, além é claro, das duras críticas sobre os serviços públicos em todas as áreas da administração, surge mais uma ‘pedra no sapato’ do chefe do Executivo. Desta vez, o ex-motorista da prefeitura, Valdemir Carnelosi, entrou com ação popular por improbidade administrativa com pedido de liminar, acusando Maia de exigir ‘propina’ para liberar o pagamento de um fornecedor municipal.
Ao que tudo indica, as denúncias entrarão no expediente de votação do Legislativo, na próxima sessão, para possível abertura de comissão de investigação.
No entanto, o contra-ataque foi rápido. Na manhã de quinta-feira, 12, o funcionário comissionado do Executivo, Aparecido da Mata, divulgou nas redes sociais, um pedido de Ação Civil Pública protocolado no Ministério Público, contra a presidente da Câmara Municipal, Angela Barboza. A denúncia diz respeito ao acumulo de cargos públicos da parlamentar, que também é servidora municipal na Unidade Básica de Saúde, como técnica de enfermagem.
Conclusões a parte, levando em consideração que Angela é servidora pública há anos e vereadora há três mandatos, se irregular, estranha uma denúncia só agora, até porque, caso se vislumbre irregularidade, ‘respingaria’ sobre o vereador Felipe Marchioretto, que também é servidor público municipal, e a tantos outros que o foram em legislaturas passadas.
Certo é dizer que, se está errado, deve ser apurado e tomadas as devidas providência, mas que isso não seja apenas um artifício político para criar animosidades e atrapalhar o andamento das coisas.
Resta aguardar os próximos capítulos e até onde estão dispostos os eleitos pelo povo em manter essa estratégia de guerrilha. Com certeza, isso não é o que esperam seus eleitores.
Bom seria focar as energias em novos caminhos para a cidade, em busca de uma gestão pública mais moderna, ágil e com resultados.
Com a palavra…