02/03/2018
EMPREGO E EMPREGABILIDADE
Mudanças tecnológicas + Novas leis trabalhistas: Os profissionais têm que se atualizarem
ARTIGO | Nunca vivemos num mundo com tantas, velozes e profundas mudanças que impactam totalmente nossas vidas. Mudanças políticas, tecnológicas, econômicas, sociais e outras.
Uma, dentre milhares ou milhões de consequên- cias, é a absoluta desestruturação do mercado de trabalho da forma como o conhecemos e, dele participamos, desde há muito tempo.
O emprego formal, aquele com “carteira assinada”, está sendo extinto gradativamente.
No Brasil, atualmente, são de 13 a 22 milhões de desempregados e de sub- empregados, conforme a metodologia adotada. É muita gente!
A recente reforma trabalhista, aqui no Brasil, apenas se enquadra e legaliza as práticas adequadas à essa realidade das profundas mudanças que, também, afetam – absolutamente – as empresas de todos os tamanhos. Empresas e Empregados, necessariamente, têm que se atualizarem, têm que se adaptarem às novas realidades.
Podemos ser “a favor” ou “contra” a reforma trabalhista que entrou em vigor, no Brasil, no dia 11 de novembro de 2017, mas uma coisa é certa. Tão certa, quanto afirmar que: depois do dia de hoje, virá uma noite, e depois dessa noite, virá um novo dia: haverá contínua diminuição (relativa) do nível de empregos formais, e haverá total mudança na natureza dos empregos. Imperar-se-ão as mudanças tecnológicas.
Entendo que aos empregados de hoje há dois possíveis caminhos:
1 – Manter-se em aprendizagem contínua.
Aprender todos os dias se tornou necessidade. Assim como você, empregado, em todos os níveis hierárquicos almoça todos os dias, tem que criar o hábito de aprender em todos os dias. O hábito de ler, de fazer cursos presenciais, cursos pela internet (há muitos gratuitos), cursos de longa e de curta duração; tenha foco e escolha. O seu melhor caminho, mas saia do estado de acomodação, pois caso contrário, outro profissional vai ocupar o seu lugar. As empresas somente sobreviverão se tiverem resultados, e se você não estiver atualizado e apto para entregar os resultados necessários, você certamente será substituído.
2 – Comprar seu próprio emprego e manter-se em aprendizagem contínua.
Há a opção de não mais correr atrás de um emprego formal e abrir seu Negócio Próprio. E ainda mais, agora, com a reforma trabalhista que estimula as empresas a contratarem prestadores de serviços com seus próprios registros no CNPJ. Haverá, com certeza, uma “ceenepejotização” no Brasil todo. Para diminuir os custos trabalhistas e, principalmente, os custos com encargos sociais, as empresas contratarão profissionais como microempreendedores individual ou como microempresários, ao invés de contratá-los como empregados formais.
Sim, esse é novo caminho a ser pensado e explorado pelos profissionais que até hoje trabalharam com carteira assinada. Mas junto com essa ótima possibilidade, há uma indispensável obrigação: Manter-se atualizado! Ou em outras palavras, manter-se em aprendizagem contínua, porque a concorrência será muito grande, assim como, o custo para a empresa trocar de prestador de serviços será muito pequeno em comparação com o custo para trocar um profissional empregado.
E quanto aos pequenos empresários:
Entendo que aqueles que já estão com seus próprios negócios devem, necessariamente, ter a mesma atitude: Manter-se em aprendizagem contínua para atualizarem suas estratégias, sua forma de fazer negócios, sua forma de atender, enfim, suas práticas constantemente, para seus clientes e consumidores preferirem comprar de você e não de seus concorrentes. Necessitam fidelizar seus atuais clientes e conquistar novos clientes continuamente.
Para esses, também, os caminhos são os mesmos: sair do estado de acomodação e criar o hábito de pesquisar, de fazer cursos presenciais, fazer cursos pela internet de forma continuada.
“Não podemos impedir as mudanças que estão ocorrendo e nos afetando, mas podemos nos atualizar para nos adaptar a elas e, por consequência, nos defender das novas ameaças e aproveitarmos as novas oportunidades”. Luís Campaci.
