16/02/2018
Tudo passa
EDITORIAL | Em tempos de descrédito com as políticas públicas e governantes brasileiros, a saída é renovar a fé em busca de esperança, cada qual a sua crença.
A comunidade católica rafardense se despediu nesta semana do pároco da Igreja Nossa Senhora de Lourdes. Padre Agostinho Felix Dalpian tomou posse no dia 21 de fevereiro de 2015, assumindo a responsabilidade de gerir a educação religiosa na cidade coração. E o fez com exemplar conduta. Fala mansa, calma e uma serenidade de dar inveja, padre Agostinho vai se dedicar a ‘outro rebanho’.
Quiçá, líderes sigam os exemplos deixados pelo pároco, que reavivou o espírito de doação desta comunidade, muitas vezes descrente, e porque não dizer, omissa em suas obrigações como cidadãos que têm seus direitos e deveres.
Agora, são tempos de mudanças, e o que se espera é que a educação transcenda aos limites da religiosidade, mostrando que não mais vivemos em um regime ditatorial ou autoritário. Que a responsabilidade pela mudança não fique apenas debruçada nos órgãos de imprensa, vereadores e líderes da comunidade. Não há porque ter medo de mostrar a cara e assumir as responsabilidades pelo que se faz ou o que se quer fazer, desde que seja em benefício do bem comum.
Afinal, vivemos em um país livre, cercado por leis que nos defendem para tal. Não é?
Triste é ver que algumas pessoas ainda vivem exiladas pelo reflexo da repressão, como se ainda estivessem na época da Ditadura Militar, com medo de dizer o que pensam e o que veem. O grito pela liberdade está engasgado, as vozes são roucas e a vontade de “botar a boca no trombone”, muitas vezes ¬fica só na vontade mesmo.
E essa é uma reação que brota no meio do povo e que encontra na imprensa a voz que ecoa suas necessidades e vontades.
A dependência acomoda a alma e esconde os dons. Seja você a mudança!