01/12/2017
Dê a sua nota
EDITORIAL |Um estudo do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral, aponta que, entre 137 povos, o brasileiro é o que menos confia em seus políticos. Ou seja, em uma escala que vai de 1 a 7, a nota de confiança dos políticos brasileiros não passou de 1,3, segundo o relatório de competitividade global. A título de comparação, Cingapura, que é o primeiro no ranking, marcou 6,4 pontos.
A avaliação é de 200 executivos que atuam no Brasil e foram questionados em 2016, sobre o padrão ético dos políticos do país. A corrupção é apontada pelo estudo como um dos piores entraves para a competividade do Brasil. Esse item só perde para a excessiva carga tributária do país e para a rigidez de nossas leis trabalhistas.
Qual seria a nota de confiança dos políticos da nossa microrregião? Você está contente com a atuação do prefeito ou vereador que escolheu para lhe representar e gerir a sua cidade?
Em Capivari, o prefeito Rodrigo Proença, reeleito ao lado do seu fiel escudeiro, Vitor Riccomini, enfrenta críticas constantes quanto aos rumos da administração pública municipal, e seu posicionamento nas redes sociais divulgando as conquistas, renderam um apelido ao município – ‘Rodrigolândia’ – fazendo alusão a um mundo de fantasia, ou seja, é um tipo de mundo imaginário, parte de um universo fictício usada em romances e jogos de fantasia.
A verdade é que, sem poder agradar a todos, aos poucos a imagem do homem público vai se desgastando. Alie-se isso aos esforços da oposição e você terá um fim com aprovação bem abaixo do esperado. Resumindo, ou o administrador público faz um governo muito bom, se destacando positivamente com uma gestão criativa e que renda bons frutos à população, ou está fadado ao insucesso.
Cá na Cidade Coração, em seu primeiro mandato como prefeito, Uil Maia usa todos os artifícios conquistados nos mais de 18 anos como vereador. Extremamente político, ele busca novos apoios, enquanto parece ter perdido a maioria na Câmara de Rafard. A ‘chapa’ promete esquentar no próximo ano, quando grupos da oposição já começam a articular e preparar os novos ‘cabeças’.
O que mais tem incomodado o eleitor, são as promessas não cumpridas. Muitas durante o período eleitoral, outras tantas durante o exercício do mandato. E é isso que mais denigre a imagem dos homens públicos. Já diziam os sábios, devemos prometer somente o que podemos entregar e entregar mais do que prometemos.
Já passou da hora de mais transparência, menos ações políticas e mais atitudes administrativas para colocar de vez a microrregião nos trilhos do desenvolvimento. E esse não é apenas mais um discurso bonito, é uma necessidade emergencial em busca da garantia econômica das famílias, trabalhadores, comerciantes e empresários que, aqui, ainda arriscam o seu ganha pão.
Do mais, nos resta continuar trabalhando!