Medição do Daee mostra rio 65 cm abaixo da altura média anual registrada.
Vazão em agosto está dentro do nível esperado para o período de estiagem.
Do G1 Piracicaba e Região
O Rio Piracicaba, que abastece alguns municípios da Região Metropolitana de Campinas e parte da Grande São Paulo, está cerca de 65 centímetros abaixo da média registrada anualmente na altura de Piracicaba (SP), que é de 2,10 metros. Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee), o rio atingiu nesta terça-feira (28) 1,45 metro de altura.
Apesar de o rio estar baixo, essa não é a pior estiagem dos últimos anos. A situação mais crítica em 11 anos foi em outubro de 2002, quando a altura do rio chegou a apenas 91 centímetros. “Essa medição ocorre na régua instalada em Piracicaba, nas proximidades da Rua do Porto”, disse Luiz Roberto Moretti, diretor do Daee e secretário-executivo dos Comitês das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Sem chuva há dias
Não chove na cidade há 38 dias, o que contribui para a diminuição da vazão do rio. A quantidade de volume de água nesta terça está em 53 metros cúbicos por segundo, o que, segundo Moretti, é considerado baixo, mas normal para esta época do ano.
Quem passa pela Rua do Porto pode observar a pouca água e as pedras à mostra no rio. Mesmo assim, em todo o mês de agosto deste ano, segundo o Daee, a altura do rio está até acima do esperado para a época de estiagem, ou seja, 17 centímetros além do previsto.
As cidades da região abastecidas pelo Rio Piracicaba não apresentam problemas de falta de água apesar da seca. “Já é uma condição esperada para a época do ano. O serviço de água das cidades já deveria estar preparado”, afirmou o secretário-executivo.