Editorial

Editorial – Responsabilidades

Não foi nada fácil a retirada da torre da igreja matriz de Nossa Senhora de Lourdes em Rafard, na última semana. A igreja da ‘madroeira’ dos rafardenses, que comemora 90 anos no fim de 2012 e abriga em sua entrada principal o marco histórico da cidade, onde tudo começou, está com a estrutura comprometida e passará por reformas. A torre, que já foi retirada e a parede frontal serão demolidas e reconstruídas conforme novo projeto apresentado à comunidade católica.
Para a surpresa dos fiéis e curiosos que acompanhavam a tentativa de retirada da torre, agendada para sexta-feira (17), a empresa encontrou alguns empecilhos que adiaram o espetáculo da engenharia para o sábado de manhã. A preocupação era para que em nenhum momento a estrutura da igreja fosse afetada e a torre de mais de 20 toneladas fosse colocada com segurança no pátio da Matriz.
A mesma responsabilidade e preocupação que tomaram conta do engenheiro, funcionários e do próprio Pároco Antônio Carlos D’Elboux para que tudo corresse bem, sem imprevistos e perigo ao patrimônio histórico e religioso de uma comunidade, deveria servir como exemplo aos ‘nobres, excelentíssimos, senhores’ ou outros pronomes de tratamento mais, que só servem para massagear o ego dos administradores, sejam eles, municipais, estaduais ou federais.
A verdade é que enquanto alguns governantes estão preocupados e assumindo toneladas de responsabilidades, seja para o bem comum da sociedade em geral, ou só para fazer bonito porque são candidatos a reeleição, outros estão ‘tirando o peso das costas e lavando as mãos’. E é claro que esse tipo de atitude tem explicação, administradores sem qualquer pretensão de continuar na carreira política, com certeza, pelo reflexo de uma má gestão e reprovação popular. Se não há interesses, porque ‘colocar a mão no fogo’ não é?
Infelizmente, mais uma vez quem perde ou ganha com tudo isso é a população, que a cada quatro anos sofre o reflexo de uma decisão tomada lá atrás. Resta agora, cada um analisar se esse reflexo foi positivo ou negativo.
A gente sabe e também já foi comprovado por pesquisadores que o eleitor brasileiro tem memória curta. Faça um exercício simples e rápido respondendo pra você mesmo: Em quem você votou em 2009 para prefeito? E vereador? Lembrou? Hum que bom! Se ele ganhou, você se lembra das propostas? Elas foram cumpridas? Se a pessoa em quem você depositou o voto não cumpriu com o dever, você fez a sua parte como cidadão? Cobrou? Exigiu desses ‘senhores’ que estavam no poder para lhe representar e a todos os outros cidadãos?
Eu… você… nós não merecemos mais viver de promessas e depositar nossa confiança em pessoas que não tem um pingo de responsabilidade, ética, moral e capacitação para administrar o ‘nosso futuro’.
Se você tem memória curta, pergunte, pesquise em fontes confiáveis, pergunte de novo e conheça um pouco mais do passado e presente da pessoa que ‘garimpa’ o seu voto. Ouça o que eles tem a dizer, indague, sugira, questione, coloque-os contra a parede com perguntas inteligentes do que farão para garantir um futuro de desenvolvimento e bem estar para a população. Coloque as ‘toneladas de responsabilidades’ nas costas dos candidatos e veja como ele se porta frente a isso e se realmente ele aguentará o peso.
Não vote de acordo com o que o sistema está oferecendo, dê uma resposta a toda essa política destroçada que nos é oferecida. Vamos mudar a ideia de que a falta de memória reflete a percepção do eleitor, pois a política é uma coisa distante porque o próprio político não faz nada para tornar a política uma coisa boa.
Se vocês seguir algumas dessas sugestões, vai ter muito candidato com dor nas costas antes mesmo das eleições em 7 de outubro. Pense nisso!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?