09/06/2017
Do Fundo do Baú Raffard
Recordando a Fanfarra em dias de feriados… Quem não se lembra do “toque da Alvorada”?
Nos feriados nacionais ou mesmo no aniversário da emancipação da nossa cidade, logo pela manhã, antes que o sol apontasse seus primeiros raios, ouvia-se o toque de “Alvorada” que executado na cidade se propagava ao longe, e quem ouvia, imediatamente se levantava para colocar sua melhor roupa e poder ver o primeiro desfile do dia.
Lá ia a fanfarra em ritmo acelerado pelas ruas, que chegava a dar arrepios em quem tinha no sangue verdadeiro amor pela terrinha.
Lá vinha a fanfarra desfilando sob o comando do Seo Allan, que empunhando seu “clarin” como quem está a empunhar um fuzil, misturava-se aos seus comandados, desfilando com o mesmo vigor e galhardia dos jovens comandados, mais parecendo um menino que está a realizar o sonho de ter sua própria tropa de soldados, todos com arma em punho.
Aqueles que tinham o privilégio de residir no centro, agora já acordado pelo som do Alvorada, acompanhavam o desfile, prestigiando a fanfarra, tanto velhos como jovens e crianças. Todos tinham grande admiração e respeito pelo comandante Allan.
Só quem viveu nessa época, pode se lembrar quão gratificante foram esses dias, nos quais havia desfile e muita festa na cidade Coração.
Os comentários reproduzidos abaixo, ilustram e confirmam o que aqui foi relatado:
Júlio Junior Forti: Eu participei dessa fanfarra dos 9 aos 18 anos… Dá muita saudades…
Gerson Luis Gasparotto: Quem participou destes momentos sabem o quanto era bom e quantas horas passávamos sem perceber, entre ensaios e ensaios, as vezes tomava uma dura do Sr. Allan, para acertar o passo, lembro-me que quem errava já era chamado de ” acerto o passo Tomate”, numa boa, e até gargalhávamos disso, até participávamos de desfiles em outras cidades, que para nós na época era um turismo inigualável.
Rubens de Souza: E o toque da Alvorada, Gerson Luis Gasparotto, lembra, logo bem cedinho?
Gerson Luis Gasparotto: Sim como era bom acordar cedo para ir tocar nos feriados o toque de Alvorada, ensaiávamos sempre para estas ocasiões, bons tempos, muitas saudades.
Cassia Marretto Anacleto: que saudade! Tempo bom!