21/10/2016
Meu foco é outro!
ARTIGO | O Campeonato Brasileiro deste ano é um dos mais empolgantes, emocionantes e disputado dos últimos anos. Com o sistema de pontos corridos consolidado, a maioria clubes entendeu a fórmula e evolui ano a ano. Os que não sabem se planejar para 38 rodadas patinam e, invariavelmente, se deixam enganar pelo Campeonato Estadual e como consequência obtém resultados medíocres no Brasileirão.
Esse deveria ser o foco das discussões faltando sete rodadas para o término do campeonato. Mas não falamos de futebol. Falamos dos árbitros. Que desumanamente são amadores e sofrem pressão para serem ultra-profissionais, que não podem errar. Presidentes de vanguarda como Paulo Nobre do Palmeiras e Eduardo Bandeira de Mello do Flamengo se deixam levar pelo arcaico recurso da histeria para colocar mais lenha nesta fogueira que tem queimado a arbitragem brasileira. Se preocupar com o cerne da questão e discutir maneiras de elevar o nível dos árbitros? Não. Se me prejudicam, eu grito. Se me “favorecem”, me calo. Lamentável…
Prefiro mudar meu olhar para a incrível regularidade do Palmeiras, que mesmo sem o mesmo futebol vistoso de antes só perde esse campeonato para a própria ansiedade. Ou então, esse Flamengo que mesmo se não for campeão dá mostras de que nos próximos anos vai brigar consistentemente por todos os títulos grandes que disputar.
Que tal as grandes campanhas de Santos e Botafogo que, mesmo sem dinheiro, provam que competência, estudo e modernidade de seus treinadores trabalhando para usar o ponto forte de cada atleta, ainda podem se sobrepor aos reais, euros e dólares?
Erros de arbitragem sempre vão existir. Um ano mais outro ano menos. Se for para abordar o problema de uma maneira mais geral e sistêmica, buscando a solução podem contar comigo! Mas para falar sobre teorias de conspiração para esse ou aquele clube ou destroçar um ou mais árbitros por rodada, tô fora!
