22/07/2016
Função da escola
ARTIGO | A título de curiosidade, a palavra escola, veio do grego scholé e significava descanso, lugar onde se descansa das lides para estudar. Teve origem na academia de Platão, um bosque onde ele reunia seus alunos para ensinar sua filosofia. Escola significa o local onde se ensina e tem ainda a ideia de conjunto de pessoas envolvidas na educação: diretor, secretário, pessoal de apoio, professores e alunos. As escolas públicas e privadas ficam de 4 a 8 horas diárias com seus discentes. Mas quais as funções de uma escola?
Antigamente a função era educar, ou seja, ensinar a ler, instruir, orientar para que os alunos adquiram conhecimentos nas várias ciências e aptidão para a vida social e profissional, além de adestrar os educandos moral e espiritualmente. É assim que o dicionário define escola. Platão tinha esses objetivos. Èmile Durkheim diz que a função da Escola é educar o indivíduo para que aprenda a viver em sociedade, possa entender e assimilar criticamente as matérias, desenvolver nos alunos a perfeição que lhes for capaz e a assimilação de regras e princípios morais, religiosos, éticos de comportamento. Enfim educar é capacitar e formar cidadãos críticos, participativos, que tenham como alvo a melhoria do convívio em sociedade.
Como alcançar tais objetivos se tiraram da escola os ensinos sobre princípios morais, cívicos e acabaram com suas regras e princípios comportamentais? Pouquíssimas são as escolas que mantém o seu foco com o fito ético. Há muito a escola tornou-se o lugar onde instruem nas ciências preocupam parcialmente com o preparo profissional e com o bilíngue. Caso o PL 865/2015 (tratado nos artigos anteriores) seja aprovado instituir-se-á legalmente a derrocada da já moribunda escola.
Todos sabemos, que a desigualdade socioeconômica, o meio social e a herança cultural, fornecem aos discentes embasamentos moral, físico, espiritual, social e intelectual desnivelados. O desenvolvimento educacional se dá a partir destes níveis, respeitando o conhecimento, as convicções e a capacidade de cada um.
Hoje a escola tem convivido com terríveis problemas de relacionamentos sociais como bullying, preconceitos (raça, sexo, econômico, religioso…) e violência. O lar é a primeira escola, onde deveria ensinar o convívio social, respeitando as diferenças individuais. Entretanto a maioria dos lares está desestruturada por muitas causas (principalmente econômica, moral e social). A falta de empatia e de respeito nos lares reflete na escola e na aprendizagem.
Segundo divulgação do Fórum Econômico Mundial, entre 130 países aferidos quanto à capacidade de preparar pessoas, o Brasil ocupa o 83º lugar. A causa básica apontada é a deficiente educação. Neste quesito o Brasil está em 118º lugar, atrás de países bem mais pobres. (Será que a péssima educação é a causa da corrupção dos dirigentes de nosso Brasil ou é a consequência dela? Problema a ser solucionado pelos palacianos governantes experts em educação). Segundo informação do Fórum Econômico Mundial, “o país não cumpriu nenhuma meta do Plano Nacional de Educação. Nem 5% dos colégios têm a infraestrutura exigida por lei. Metade das escolas está desconectada da rede. Lousa digital é raridade” – Roberto Dias, Folha de S. Paulo. Tecnologia inexiste, apesar da Amazon, anunciar um site para distribuir material didático.
A história da educação mostra que o Japão, destroçado pela guerra, se levantou investindo na educação das crianças; o mesmo aconteceu com a Coreia do Sul, e com os outros países emergentes. Enquanto isso o Brasil mergulha em crise econômica, moral, política (leia-se roubo, fraudes…), social, etc. É triste ver o nosso Brasil, rico por natureza, abençoado por Deus, sucumbindo pela imoralidade dos seus dirigentes.
É urgente que os pais ajudem os professores a repensar a função social das escolas. Que Deus ajude os governantes do nosso país a ter mais piedade dos educandos do que de suas contas bancárias!
