Marcel CapretzOpinião

A seleção padece

10/06/2016

A seleção padece

marcel-capretzARTIGO | O pobre futebol da seleção brasileira na estreia da Copa América diante do Equador me trouxe várias emoções, vários sentimentos: consternação, conformismo, tristeza e outros que orbitam nessa esfera nada animadora.
Os equatorianos respeitaram demais a camisa amarela e as cinco estrelas. E olha que, mesmo assim, eles mereciam ter saído de campo vitoriosos; o frango do goleiro Alysson nada teve de irregular. Ou melhor, irregular mesmo é um goleiro de seleção brasileira engolir um frango daqueles.
Daniel Alves não joga na seleção o mesmo que no Barcelona. Willian não brilha como no Chelsea. Coutinho nem de longe é o craque do Liverpool. Até Filipe Luis, tão importante no Atlético de Madri, na seleção é só mais um. Todos eles são culpados? Todos esses jogadores estão errados? Ou seria o treinador, que prefere reclamar que não tem tempo para treinar, ao invés de se atualizar e fazer com que cada jogador renda seu máximo?!
Dunga e quem o contratou estão no topo da lista dos culpados pelo melancólico momento. Reconheço que assumir depois de o 7 a 1 para a Alemanha seria uma missão difícil até para Pep Guardiola. O time está em uma natural reconstrução e os hematomas da última Copa do Mundo ainda estão por várias partes do corpo da seleção.
Mas Dunga não consegue criar uma identidade de jogo. O ataque do Brasil é posicional ou a equipe busca mais o contra ataque? Como se definem as linhas de defesa e meio-de-campo da equipe? A seleção valoriza a posse ou busca passes rápidos e diretos?
Todos esses princípios de jogo deveriam estar claros. Faz dois anos que Dunga reassumiu a seleção e não conhecemos a cara da equipe. Depender só de Neymar e abandonar o coletivo é uma tática suicida.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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