Marcel CapretzOpinião

Potencial de crescimento

18/03/2016

Potencial de crescimento

marcel capretzARTIGO | Ainda tem torcedor corintiano ressabiado com o time de 2016. O técnico Tite tem crédito pelo hercúleo trabalho que fez no passado. Mas com as saídas de Renato Augusto, Jadson, Gil, Vágner Love, Ralf e Malcom todo o trabalho do ano passado, fechado com chave de ouro com o troféu do Brasileirão, voltou a estaca zero.
Vejo, porém, um positivo horizonte para a equipe corintiana. Não só pelo estudado Tite continuar no comando, mantendo uma organização tática impressionante, mas também pelo potencial dos jogadores contratados. Guilherme ainda não está no auge da forma técnica e física, porém tem muita qualidade. Giovanni Augusto é muito inteligente e será fundamental no meio-de-campo. Até mesmo o centroavante André, visto com receio pelo torcedor, pode contribuir com seus gols; além do zagueiro paraguaio Balbuna, que toda vez que entra, se mostra firme e seguro.
Lembro que quando Renato Augusto chegou ao Corinthians, ele tinha a fama de ser um jogador frágil; Jadson veio de contra-peso do São Paulo na negociação de Alexandre Pato, Gil estava esquecido no futebol francês e Vágner Love demorou seis meses para engrenar.
Com os recursos táticos de Tite, jogadores medianos se tornarão bons. Sempre foi assim. E contando com a atmosfera inebriante da Arena Itaquera, esse time, ainda em formação, pode dar muitas alegrias ao corintiano.

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A situação do técnico Marcelo Oliveira era insustentável no Palmeiras. Seu repertório tático fraco fizeram o time claudicar muito mais do que a qualidade dos jogadores poderia sugerir. O ideal seria a troca do comando logo após o título da Copa do Brasil. Mas os dirigentes no Brasil ainda se valem mais do resultado do que do desempenho.
A chegada de Cuca revigora os ânimos a curto prazo. Toda troca de treinador tem um efeito inicial positivo. Jogadores que não vinham atuando se enchem de motivação e quem é titular se coça para manter a titularidade.
Mas tenho sérias dúvidas se Cuca pode ganhar o ano palmeirense. Ele sempre foi um técnico ansioso, que transmitia essa sensação para seus jogadores, principalmente em jogos decisivos. Seus esquemas táticos, também, não apresentam nada muito diferente da média dos treinadores brasileiros. Nada que chame a atenção. Você pode pensar no título da Libertadores que ele ganhou em 2013 com o Atlético-MG. Ok. Mas aquele time tinha o goleiro Victor pegando até pensamento, o último lampejo da genialidade de Ronaldinho Gaúcho e no mais era chutão para frente, visando o centroavante Jô. Título por título, Marcelo Oliveira conquistou três em três anos. O Palmeiras pode estar trocando seis por meia dúzia.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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