Opinião

Mar de lama

23/10/2015

Mar de lama

Artigo | Por Denizart Fonseca
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

A nós que amamos este País Continente, que tem tudo para ser o Coração do mundo e Pátria do Evangelho, causa profunda tristeza ao vê-lo se transformando em um mar de lama, antes comparado a um barco em mar revolto, sem leme e sem comandante, causando desespero e pânico aos seus tripulantes.

Atualmente – sem generalizarmos – não se pode acreditar mais em ninguém e em nada.

A ninguém pelo fato da maioria das pessoas que assumem um compromisso em pé, não repetem sentadas ou prometendo e não cumprindo. Ao serem cobradas, com a maior “cara de pau”, simplesmente respondem sorrindo: – “esqueci”.

Em nada porque, muitas peças adquiridas em renomadas casas comerciais, apresentam defeitos que; ao invés de serem trocadas, para serem reparadas demoram dias e dias.

No setor saúde além do reduzido número de médicos especializados em hospitais e Postos superlotados, com pacientes aguardando atendimento em macas nos corredores, há a falta de medicamentos pagos e muito mais dos que devem ser fornecidos gratuitamente para casos especiais.

Sobre a segurança, o brasileiro acha-se totalmente abandonado, não tendo proteção sequer, de caminhar pelas ruas das cidades, onde os assaltantes “pintam e bordam” impunemente, isso sem considerar o número de motoristas embriagados que atropelam e matam sendo, após pagarem fiança, liberados para se defenderem em liberdade.

Na economia, com a alta do dólar dificultando as nossas transações internacionais, agravadas pela greve dos Bancos, (controlada pelo Sindicato, não permitindo entrada de correntistas nem pra verificar extrato ou apresentar atestado de vida), atrasando os recebimentos e pagamentos de dívidas complicando o dia a dia do povo, enquanto na política os nossos sábios legisladores, ficam negociando com avidez, em benefício próprio, (bilhões de dólares aplicados em contas no exterior) no lucrativo “venha a nós e ao vosso reino nada!”. Uma vez investigados e constatada a operação fraudulenta, muitas vezes lesando os cofres públicos, os maus elementos ficam trancafiados temporariamente ou gozando o privilégio de prisão domiciliar. Uma vergonha.

Felizmente nos Tribunais de Justiça como no “Lava a Jato” ainda há cidadãos íntegros, de impoluto caráter, de moral sem mácula e intocável espírito patriótico, dando–nos esperança de que em futuro não muito distante consigam tirar o País do mar de lama e da caótica situação em que se encontra.

O número de corruptos e corruptores, assassinos, assaltantes e trambiqueiros, drogados, etc., etc. continua aumentando acelerada e assustadoramente, sem que os pressupostos “defensores da Pátria” encontrem solução para esses tão intrincados problemas.

Repetindo os velhos ditados “A esperança é sempre a última que morre” e “Tudo tem começo, meio e fim”, vamos permanecer no aguardo, com fé rogando aos céus que nos de paciência e coragem para prosseguirmos nesta caminhada terrena onde estamos para burilar a “pedra bruta” que ainda somos cheios de defeitos, falhas e demais pecados. Que assim seja.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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