Região

Óbitos maternos têm redução histórica de 23% no Estado de São Paulo

Último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, no Brasil, alcançamos a marca histórica de redução de 21% nos casos de mortalidade materna em 2011. De janeiro a setembro de 2011, o número de óbitos maternos foi de 1.038, sendo que, no mesmo período de 2010, o registro foi de 1.317. Isso já nos possibilita identificar resultados dos esforços que o Ministério da Saúde, juntamente com os estados e municípios, tem feito na implantação e execução das ações da Rede Cegonha. Mas essa marca histórica não nos permite descansar, pois queremos perseguir a meta dos Objetivos do Milênio.
São Paulo acompanha essa tendência de queda detectada no país. O Estado registrou queda de 23% no número de mortes de mulheres decorrentes de complicações na gravidez e no parto. De janeiro a setembro de 2011, o estado contabilizou 158 óbitos, 47 casos a menos em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um importante fator que contribuiu para essa redução histórica é a expansão da qualidade do pré-natal. Nós chegamos, pela primeira vez, a mais de 1,7 milhão de mulheres que realizaram pelo menos sete consultas no pré-natal. A Rede Cegonha, que já destinou R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência, também vem expandindo o atendimento às gestantes de alto risco nas maternidades e ampliando leitos de UTI materno e neonatal. Até o momento, mais de 1,8 mil municípios já fizeram a adesão integral à Rede Cegonha, permitindo o acompanhamento de 36% das gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em São Paulo, até o momento, 147 municípios aderiram à Rede Cegonha e já receberam recursos para qualificar o atendimento pré-natal e para realização de teste rápido de gravidez nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Uma das ações de monitoramento da Rede Cegonha é a videoconferência com os secretários de saúde. Mensalmente estaremos monitorando a notificação de novos casos de mortalidade materna, a distribuição desses casos pelos municípios de maior concentração, para saber quais são as principais causas de óbito materna no país e quais as estratégias para reduzirmos ainda mais esses índices.
O Ministério da Saúde também está ligando para todas as gestantes que tiveram parto no SUS. Cerca de nove mil mulheres já foram ouvidas. O objetivo é entrar em contato com cada uma dessas mulheres para avaliar a qualidade da assistência ao parto e verificar se os direitos foram garantidos. Além disso, vamos premiar os hospitais que atendem bem, punir irregularidades que possam ser descobertas e identificar aquilo que precisa ser mudado, com o intuito de melhorarmos a assistência ao parto em nosso país. A Rede Cegonha veio exatamente para isso.

Alexandre Padilha é Ministro da Saúde

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?