13/03/2015
Cinquenta anos de vida
ARTIGO | DENIZART FONSECA
Estamos às vésperas de bem programadas e festivas Comemorações pelo meio século de Autonomia Político-Administrativa e progressiva vida, deste querido pedacinho de chão brasileiro e paulista, que aprendemos a amar em agradecimento ao acolhimento nele recebido ao aqui chegarmos, em julho de 1932 com apenas sete anos de idade, vindos da então Mombuca onde nascemos em 26 de Novembro de 1925.
Fazemos esse rápido intróito por considerarmos desde então a modesta Villa Raffard, nossa cidade natal estranhando e não sabendo até hoje, o motivo ou a razão de haverem retirado uma letra f e indevidamente alterando o sobrenome do seu fundador.
Dias atrás em sucinto artigo, comentamos neste jornal, sobre os saudosos anos da nossa infância aqui passados nos “tempos de criança, quando éramos felizes e não sabíamos”, como se lê em um trecho do excelente samba de autoria de Ataulfo Alves. As aulas recebidas á nós ministradas no Grupo Escolar por excelentes educadores (as), cujas imagens permanecerão cheias de gratidão, vivas em nossa memória. Naquele tempo em que havia respeito entre as pessoas e dentro de suas vidas unidas pela fé cristã, na sociedade, vidas ligadas em constantes demonstrações de amor fraterno e solidariedade em socorro dos necessitados nas horas difíceis como se fosse uma grande família. Bons e saudosos tempos… Mas os dias, meses e anos foram passando e de lá para cá, muita coisa boa e também não muito aconteceram, como a vitoriosa grande batalha pela Emancipação tendo á frente o “General” Genáro Vigorito que no Comando e contatos com políticos em Brasília, conosco dialogava todas as tardes pelo rádio, na residência do Rádio Amador Luiz Tomazzini, nos pondo a par do andamento da campanha, até a grande e final conseguida a duras penas, inclusive integrando a caravana ao Palácio dos Bandeirantes para solicitar o apoio do Dr. Ademar de Barros, Governador do Estado de São Paulo. Os mais antigos moradores certamente se recordam com detalhes; das várias refregas havidas entre os opositores bem como com alguns apelidados de “cobras”, aqui residentes; da Passeata da Vitória pelas ruas da cidade; da formação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Jurídico; a construção da Prefeitura e eleição do prefeito e vereadores para a Câmara Municipal. Vida nova para o novo Município, com a contagiante alegria de todos os que direta ou indiretamente lutaram pela nobre causa. Como não boas, citaremos apenas algumas: 01- a demolição do Centro Espírita Allan Kardec (transferido para outro endereço), bem como os catorze quartos que abrigou e manteve por longo tempo, na Casa de Repouso para Idosos “Lar da Irmã Geni”, (sete homens e sete mulheres). 02- Doado pelo Dr. Altino Stein Pires de Campos para servir de Centro de Estudos, Conferências, Palestras Educativas, etc. o imóvel que em sinal de reconhecimento e gratidão ao doador, pelo Presidente da Comissão Organizadora da Inauguração foi proposto e aceito pelo doador, o nome de Centro Cívico e Cultural “Major Antonio Pires de Campos” em homenagem ao seu falecido pai. Três meses de árduo trabalho aos componentes da Comissão que se reunia semanalmente para o planejamento e montagem dos diversos setores do futuro Centro Cívico inclusive um bem montado Museu com peças doadas por antigos residentes na cidade, mas que compensaram pelo sucesso da magistral Inauguração, contando com as honrosas presença da Sra. Maria Helena Lefevre neta e de 3 mais familiares do Sr. Henrique Raffard, da Sra. Eunice P. Campos representando o seu irmão Dr. Altino e demais autoridades civis, militares e eclesiásticas locais e das cidades vizinhas. Tudo aqui exposto foi gravado e carinhosamente guardamos permanecendo a disposição para ser assistido por alguém interessado nessa magnífica e histórica Cerimônia Inaugural. Cumprindo seu objetivo, muitas palestras foram realizadas inclusive por um Capitão Aviador, Instrutor da Academia da Força Aérea Brasileira (AFA), com projeção de slides sobre aquele educandário militar, assistida por jovens interessados em nela ingressar. Constam no Livro de Presença nomes dos numerosos e constantes visitantes ao seu muito bem conservado Museu fazendo-se acompanhar por pessoa capacitada a responder as diversificadas indagações sobre a origem e história do material exposto.
Infelizmente, para a nossa decepção e demais pessoas que colaboraram para a concretização de um sonho em benefício da Educação e Cultura neste Município, devido ao não cumprimento da palavra empenhada pelo então prefeito Sr. Rubens Simões Pellegrini para conosco que a seu ver, na condição de presidente da Comissão Organizadora da Inauguração, merecedores da consideração de consulta sobre a ocupação do amplo salão do CCCMPC, por apenas SEIS (6) meses pela Câmara Municipal, após o que seria além da conservação de suas instalações, findo o prazo estipulado, desocupado incontinente! Agradecendo o respeito demonstrado, respondemos que embora a finalidade do imóvel, traduzida pelo título, não fosse condizente com a finalidade proposta, desde que fosse observado o compromisso embora assumido apenas verbalmente, por acreditarmos além do cargo ocupado, em sua pessoa, concordávamos. O resultado pode ser visto, com o “Museu” caindo aos pedaços e até a planta do imóvel alterada.
Cidadania
“Motorista?” de uma caminhonete da Prefeitura quase bateu de frente em nosso carro, descendo na contramão, na esquina da Rua Moraes Barros com Gavião Peixoto, as 17hrs. de 11 p.passado, uma transgressão grave e mau exemplo de suposto condutor de veículo Chapa Branca…