30/01/2015
Caráter: a inapreciável identidade do homem
Artigo | Por Leondenis Vendramim
Jamais podemos sobrestimar um caráter ilibado e impoluto, nem o seu poder de sublevação dos contristados, humilhados e até mesmo para auxiliar os empedernidos imorais. Em oposição, o caráter conspurcado e ímpio tem uma influência consecutiva e inevitável para o mal, para a ruína e para a morte.
O caráter é formado por palavras, atitudes que repetidas tornam-se hábitos. Caráter é, portanto, o conjunto de bons e, ou maus hábitos. Procedemos de acordo com nossos costumes. São esses costumes que revelam o que somos: bons ou maus. Os ímpetos, a agressividade ou gentileza, o falar baixo com suavidade ou a aspereza, tudo reflete o caráter. Observe-se a maneira, o tom de voz e as palavras com que fala com os filhos, com o cônjuge, com os irmãos e amigos, com os professores ou com os alunos, isto é o que a pessoa é no seu interior.
É absolutamente certo, todos nós influenciamos a alguns ou a muitos, para o bem ou para o mal, e também é inconteste, receberemos a paga correspondente. São Paulo no diz que “… somos para Deus, o bom perfume de Cristo, tanto para os que são salvos como para os que se perdem… cheiro de morte para a morte, ou aroma de vida para a vida” 2Cor 2:15-16. Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso comportamento são fortes exemplos para as resoluções daqueles que nos contemplam. Como dizem os psicólogos, assim como nossos sentimentos e tudo o que recebemos pelos órgãos dos sentidos formam nosso caráter, assim, as palavras ditas, o tom com que fala, a expressão fisionômica, os atos de bondade ou maldade, a permissividade, a honestidade, a moralidade ou imoralidade, etc, refletem como espelho a nossa personalidade.
O sábio Salomão diz: “Andarás pelos caminhos dos bons e guardarás as veredas dos justos” Pv. 2:20. “Desvia dos caminhos dos maus… passa de largo (dos seus caminhos). Pv. 4:14-15 Deus aconselhou aos israelitas a não se casarem com pessoas idólatras para não se corromperem (é só ler o Pentateuco, ou Esdras e Neemias). São Paulo adverte: “Não vos enganeis, as más companhias corrompem os bons costumes” 1 Cor 15:33.
Não é fácil adquirir bom hábito nem eliminar de nossa natureza os maus costumes. O ser humano recebe uma carga genética formadora de hábitos. É comprovado, pais que brigam durante a gestação obtém filhos nervosos, impulsivos e briguentos. Crianças nascem viciadas quando os pais são tabagistas ou alcoólatras ou têm outras dependências químicas. (Felizmente o aleitamento materno combate os elementos químicos viciantes, mas, e quando os pais continuam a prática dos vícios perto dos rebentos…) Também é certo que há uma gama de influências sociais para a formação dos hábitos e dos vícios e consequentemente da personalidade. Os pais, os amigos, professores, programas de TV, revistas, jornais, forjam o bom ou de mau caráter.
Contudo, ninguém precisa se prostrar por ter tido uma genética e influências sociais maléficas, e mesmo por estar já dominado pelos vícios, e outros maus costumes. Não é fácil a tarefa de abandonar o mal, porém, a todos os que desejarem, pertencem as promessas divinas: “Que os homens apoderem-se de Minha força e façam paz comigo” Is 27:5 “Em todas estas coisas somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou ”Ro 8:37.
Entretanto, ninguém espere ajuda se não se dispuser a lutar contra seus próprios defeitos de caráter. Essa sofreguidão é intensa, e exige perseverança. “Sujeitai-vos a Deus, resisti ao Diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus e Ele Se chagará a vós. Purificai… vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração”. É uma porfia insana, e, tão ou mais longa do que o tempo e a intensidade dos males que conspurcam o caráter, mas a vitória é certa porque Aquele que prometeu é o Ajudador Todo poderoso e Ele é fiel. Que o Senhor Jesus nos dê essa vitória!
