Opinião

A pátria. Educação moral e cívica

28/11/2014

A pátria. Educação moral e cívica

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Embora saibamos que muitas pessoas não “são chegadas” á leitura de livros e muito menos de jornais, haverá também – embora em menor número – as que pesquisadoras e ávidas em aumentar seus conhecimentos fazem-no através desse secular meio de comunicação, insistimos em usa-lo para transmitir algo que possa incentivar à pratica desse benéfico meio de educação.

O número de brasileiros analfabetos é muito grande, por culpa das modificações implantadas pelo Ministério da Educação nos educandários, por exemplo, a retirada do currículo escolar básico, de saudosa memória, a matéria Educação Moral e Cívica.

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No então Grupo Escolar, em Curso Primário, do primeiro ao quarto ano de estudo recebia-se de competentes professores (as) as sábias orientações sobre: boas maneiras na sociedade, em casa ou nas vias públicas; o tratamento respeitoso aos mais idosos cedendo-lhes a parte interna nas calçadas ou prioridade em passagens estreitas; cantavam-se todos os hinos; nas aulas usava-se uniforme; nas datas Nacionais desfilava-se garbosamente pelas ruas da cidade sob o incentivador aplauso da população; eram conhecidos todos os Símbolos Nacionais e as respectivas leis, etc., etc., etc.

Ao sairmos de casa em direção ao Grupo Escolar, ouvíamos sempre as recomendações dos nossos pais, quanto ao respeito devido a todos, inclusive aos colegas. Havia o boletim com as notas nas matérias estudadas comprovando o aproveitamento bem como sobre o comportamento do aluno.

Ao findar o ano letivo, com a visita do Inspetor ao estabelecimento, para avaliação do aproveitamento dos estudantes que eram submetidos ás provas oral e a escrita no quadro negro, sobre as matérias estudadas, recebendo uma nota que, não atendendo a média necessária, eram reprovados, permanecendo naquele grau por mais um ano. Era assim naquele tempo “quando tudo era risonho e franco” e “éramos felizes e não sabíamos” como disseram: poetas e compositores musicais.

Jamais nos esqueceremos dos sábios ensinamentos de Rui Barbosa, dentre eles, fazendo parte da matéria Educação Moral e Cívica: a Pátria.

“A Pátria é a família ampliada e divinamente constituída tendo por elementos orgânicos, a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença e o sacrifício”.

É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai células e tendes o organismo, multiplicai a família e tereis a Pátria sempre o mesmo plasma a mesma substância nervosa, a mesma circulação sanguínea. Os homens não inventaram, antes adulteraram, a fraternidade de que o Cristo dera-lhes a fórmula sublime, ensinando-lhes a se amarem uns aos outros:- Diliges Proximum tuum sicut te ipsum.”

A Pátria não é de ninguém; é de todos; cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra e a associação. A Pátria não é um sistema nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de Governo: o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da Lei, da Língua e da Liberdade. Os que a servem são os que não invejam que não difamam os que não conspiram os que não sublevam os que não desalentam os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam-se, mas participam, mas discutem, mas praticam a admiração e o entusiasmo porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no Amor.”

Cidadania

Os bons exemplos devem ser seguidos. Oficiosamente soubemos que providências estão sendo tomadas para que os maus motoristas sejam punidos de acordo com a Lei, em especial “caras de pau” que impunemente se aboletam em vagas para idosos ou com problemas para locomoção. Desconhecendo a Lei do Livre Arbítrio que diz:- “O plantio é livre e a colheita é obrigatória”, um dia, esses safados já velhos ou com problemas para andar, certamente irão encontrar a sua vaga ocupada por um mau caráter seu igual. Na esperança de que seja aprovada e praticada a Lei de multas para motoristas transgressores, bem como para o desperdício de água, antecipamos nossas congratulações com ocupantes dos Órgãos Responsáveis pelo assunto.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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