Opinião

“Independência ou Morte!” Em 7 de Setembro de 1844 nasce uma Nação

05/09/2014

“Independência ou Morte!” Em 7 de Setembro de 1844 nasce uma Nação

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Colaborando com as comemorações neste dia 7 de Setembro de 2014, data magna da História Brasileira, estamos transmitindo aos brasileiros estudiosos e em especial aos jovens estudantes este didático modesto trabalho.
1806 – Napoleão Bonaparte, triunfante, entra em Berlim. A França decreta Bloqueio Continental e exige que Portugal declare guerra à Inglaterra.

Outubro de 1807 – Como Portugal não se define em apoiar a França, Napoleão trama com a Espanha a divisão de Portugal. Enquanto isso, secretamente a Inglaterra se comprometia em proteger a transferência da família real portuguesa para o Brasil.

Certos da segurança do translado, os nobres portugueses embarcaram rumo ao Brasil em apenas 14 navios, trazendo documentos, bibliotecas, coleções de arte e todos os bens particulares que puderam ser transportados.

Dom João ao desembarcar na Bahia, toma sua primeira medida administrativa, a Abertura dos Portos, favorecendo a Inglaterra, cujo livre comércio estava prejudicado na Europa. Posteriormente, com a fixação da Corte no Rio de Janeiro, outras medidas foram tomadas: construção de estradas, melhoria dos portos, revogação da lei que proibia a criação de certos tipos de indústrias nacionais, além da fundação do Banco do Brasil e Escola Nacional de Belas Artes.

Apesar de toda a evolução social que a vinda da Corte para o Brasil proporcionou, em 1817 inicia-se a Revolução Pernambucana. Os ecos dos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade da Revolução Francesa, a vitória da adoção do regime republicano nos Estados Unidos aliados à crise na produção de açúcar e algodão, formam, junto com o domínio comercial exercido pelos portugueses, as condições necessárias para o início do movimento revolucionário. Diversos líderes da revolta são presos dentre eles, o Capitão José de Barros Lima. Este, ao receber a voz de prisão de outro oficial, reagiu, matando-o, o que foi o estopim da revolução. Os revoltosos organizaram um governo provisório e paralelo, composto por cinco membros, representando o Comércio, Exército, Clero, Agricultura e Justiça. Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas aderiram ao movimento e foram enviados emissários às capitanias do Nordeste, aos Estados Unidos, Argentina e Inglaterra. O emissário enviado à Bahia foi fuzilado e, os encaminhados ao Ceará, presos. A Revolução Pernambucana foi esmagada por tropas chegadas da Bahia e Rio de Janeiro e os principais líderes, executados. Em 1820 eclode outra revolução, desta vez na cidade do Porto em Portugal e os revoltosos impõem a D. João VI a aceitação da Constituição a ser promulgada pelas Cortes de Lisboa e o direito para nomear para cargos públicos, doze pessoas indicadas pelos revolucionários. Sem alternativa D. João VI retorna a Portugal, aqui deixando seu filho Pedro como Príncipe Regente. Embora tomando medidas moderadas, as Cortes de Lisboa não aprovaram a política de D. Pedro e ordenaram que ele entregasse o governo a uma junta submissa a Lisboa e voltasse a Portugal. Imediatamente! Naquela época existiam três grupos de influência política: o primeiro desejava reverter o País a situação de colônia, o segundo, de apoio a D. Pedro, queria a independência e instalação da Monarquia e o terceiro pretendia proclamar a República. O segundo grupo foi o vencedor e a 7 de Setembro de 1822 D. Pedro proclamava a Independência do Brasil, dando início ao Primeiro Reinado (1822-1831) e o nosso País dava os seus primeiros passos como Nação Soberana.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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