Opinião

Religião, saúde e otimismo

04/07/2014

Religião, saúde e otimismo

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

O leitor deve conhecer algum “reclamão”, é um habitué, reclama do calor e do frio, da chuva e da falta da mesma, da fila, do atraso do almoço, ou um hipocondríaco, tem todos os tipos de doenças e dores. Li uma reportagem de J.P. Cuenca “Onde nunca anoitece”, Folha 26/06/14. Le narra, que na Suécia e seus vizinhos, o sol nunca se põe. O crepúsculo é infinito, sempre sombrio. Não há sol, luz, vida como nos lugares ensolarados. Diz Cuenca: “No céu escandinavo do equinócio de verão, o tempo congela-se na fronteira entre o que é e o que deixou de ser… Talvez seja esse estado de angústia que faça com que eu e toda a nação sueca precisemos beber…” Diz o articulista, que essa coisa de não ser dia nem noite, é pesadelo que surge do trauma, ou o trauma que surge do pesadelo”. Não é à toa que o livro preferido do autor é “Inferno” de Strindberg, que descrevem vozes que o perseguem. No mundo, há muitas pessoas depressivas, taciturnas, que vivem sob o eterno pôr do sol, vivem no recôndito do seu ego, no “fundo do poço”, não vê luz. Estão a caminho do desespero, da loucura, da desesperança, da enfermidade e da morte. Há muitos anos, aqui em Rafard, um senhor, viu sua linda esposa abandoná-lo para ir com outro. Ele ficou tão cabisbaixo, que se sentava na Praça da Bandeira, não trabalhava, perdeu os fregueses, a saúde física e mental. O livro de Mc, 2, relata a cura de um paralítico. Era paralítico em consequência de seus erros. Segundo teólogos, ele havia roubado aos seus irmãos e sua consciência o acusava. Ele não tinha paz. Por isso procurou a Jesus que lhe disse: “Filho, teus pecados estão perdoados”. Era o que precisava. De nada adiantaria curar a enfermidade sem atacar a causa. Uma vez acabadas suas angústias, Jesus o curou também da paralisia.

A revista “Journal of Psychiatric” de maio, publicou a experiência feita com 74 pessoas depressivas, e por 6 semanas foram impedidos de se entristecerem. Concluíram que o sorriso e a despreocupação produzem bom humor, curam depressivos, e rejuvenescem as pessoas.

A ira é uma “atitude besta” que prejudica muito mais àquele que sente do que àquele que é alvo do rancor. Aumenta a descarga de bílis no sangue, causa mau humor, e novas contendas. Comer comida gordurosa, ingerir café, bebidas alcoólicas, e usar drogas, causam a falsa sensação de bem estar, excita o coração, e passado seu efeito químico, prostra o indivíduo, que precisará de maior dose.

Em contraposição, boa alimentação, tomar 2 litros diários, ou mais de água, o otimismo, alegria, o exercício físico, a coragem, realização de tarefa, ouvir boa música e em tom baixo, dormir no escuro e em silêncio, amar, aumentam consideravelmente as endorfinas. Endorfinas são substâncias químicas produzidas pelo cérebro, conhecidas como neurotransmissores que causam bom humor, alegria, disposição, felicidade, rejuvenescimento, beleza exterior e interior, bons sentimentos e paz.

O livro de Provérbios nos ensina: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido seca os ossos” 17:22. “O coração alegre é formosura do rosto, mas a dor de coração abate o esipírito” 15:13. “Favo de mel são as palavras agradáveis, doçura para alma e saúde para os ossos” 16:24. “O pensamento do homem o sustenta na enfermidade, mas o espírito abatido, quem o suportará” 18:14.

O iracundo, e a “carrancuda” ao se olharem no espelho tornar-se-ão depressivos. Experimente ver seu reflexo no espelho. O que você sente? É o que você é. É muito mais bonito um rosto alegre do que sobrancelhado e taciturno. Então sorria. Sorrir é o remédio que precisamos. Sorria, você será menos feio, mais simpático e terá mais saúde. Seja mais bonito, contagie os semelhantes, irradie saúde, atraia pessoas, e, tenha sucesso na vida!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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