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Comemorações pelo aniversário continuam neste final de semana

O tradicional baile de aniversário da cidade de Rafard, promovido pelo Rotary Club, acontece nesta sexta-feira, dia 30, no Salão Paroquial.
O evento movimenta todos os anos a sociedade rafardense em um grande jantar dançante.
Neste ano, a Banda Vado Negri anima a festa, que deve contar com cerca de 300 pessoas.
Os convites ainda podem ser adquiridos com os rotarianos a R$ 35,00.

Sessão Solene
A Sessão Solene que homenageou homens e mulheres que se destacaram no cenário político e social da cidade, aconteceu na noite de quinta-feira, 22.
Na ocasião, a empresária Maria Luiza Bresciani Quibáo recebeu o título de Cidadã Rafardense, entregue pelo vereador Armando Garcia Júnior.
O presidente da Casa de Leis, Rodolfo Minçon homenageou o Deputado Estadual Roberto Turchi de Morais (PPS), com o título de Cidadão Rafardense.
Os empresários José Carlos Darros e Sidnez Nala receberam o título de Honra ao Mérito, ofertado pelo vereador Mauro Savassa e Dídimo Alves Miranda, respectivamente.
Na mesma noite, também foram homenageados com o Título “Luis Hortolani”, Antonio Nunes da Costa, indicado pelo vereador Ilson Donizete Maia, Sílvio Celso Boaventura de Almeida, indicado pela vereadora Maria Luiza Peressin Bernardo, o Coral São José, que recebeu a homenagem das mãos de Ernesto Brigati, Rubens Fávaro, por meio de Sérgio Pompeu e Sérgio Assalin, por Fernando Moreira.
Confira as fotos dos homenageados na página 12.

Um pouco
dessa história
Falar da história de Rafard é um orgulho que infelizmente poucos cidadãos carregam pois está sendo esquecida nos bancos escolares e mesmo nas famílias rafardenses, que já não transmitem aos mais jovens a relíquia do solo onde nasceram.
Mas essa história começa no final do século XIX, quando o imperador D. Pedro II, persegue a idéia de montar engenhos de açúcar no Estado de São Paulo.
A idéia central era de que fosse construído um engenho central em Capivari e em 20 de setembro de 1876, por meio do decreto n.º 6.317, autorizou a construção desses engenho e estabeleceu seu estatuto.
Em seguida, por influência do Barão de Mauá, o engenheiro francês André Patureau visita as terras de Porto Feliz, Capivari e Piracicaba e confirma sua potencialidade para a cultura da cana.
Logo em seguida, encontra no empreendedorismo de Julio Henrique Raffard a alavanca para a instalação do engenho de açúcar, o Engenho Central de São João de Capivari, que tão breve daria origem à Villa Henrique Raffard, depois Villa Raffard e finalmente Rafard.
Seus primeiros povoadores foram imigrantes italianos que aqui se instalaram para o cultivo da cana-de-açúcar. Aos poucos as famílias foram crescendo e a vila, cortada pela ferrovia da Fepasa, antiga Sorocabana, com sua pequena estação, começa a ganhar ares de cidade.
Em 1910 contava com cerca de 700 habitantes. Mais de 100 prédios e ramificações ornavam a Villa Raffard: Futebol Clube, a Corporação Musical Elite (1939), Igreja Nossa Senhora de Lourdes, Rua Maurício Allain com suas casas e estabelecimentos comerciais, Ginásio Estadual de Rafard (1987), o Cartório de Registro Civil, o Cemitério, a Agência Postal, dentre outros.
As festas eram realizadas nas datas de aniversário nos clubes Elite e União Rafardense e eram atração para toda a população do então Distrito de Raffard, pertencente a Capivari.
Em 1958, a Comissão Plebiscitária tenta uma revogação da Lei Orgânica Municipal. Para transformar Raffard em município, a cidade teria que ter 2 mil habitantes, 10 quilômetros de distância e uma renda local de Cr$ 300.000,00 (trezentos mil cruzeiros).
A partir daí, instaura-se uma incessante disputa com Capivari. E o então prefeito José Estanislau do Amaral Filho dizia: “Se a lei der esse direito a Rafard, serei o primeiro a apertar a mão dos rafardenses e prestar-lhe a devida colaboração no início de sua vida autônoma. Caso contrário queimarei até o último cartucho do esforço que possa desprender. Tudo farei para não ver Capivari empobrecido de um distrito tão rico e tão poderoso como Raffard”.
Na época, o então governador do Estado de São Paulo, Jânio Quadros, se recusou a permitir a emancipação político administrativa de Raffard.
Quando ele foi eleito presidente do Brasil, os capivarianos, que eram partidários de Jânio, vieram a Rafard provocar os cidadãos. Sabedores da visita, os cidadãos rafardenses encheram sacos com resíduos de esgoto e atiraram nos visitantes. A ocasião ficou marcada na história e foi uma precursora da emancipação, que finalmente, aconteceria em 21 de março de 1965.
Rafard deixava de ser distrito e passava a ser cidade, a cidade coração, de onde emergiram nomes como Tarsila do Amaral, Paulo Bet, Lolo Ferraciú, e tantos cidadãos rafardenses que abrilhantam essa terra.
Parabéns Rafard, pelos seus 47 anos de emancipação político administrativa.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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