A Prefeitura Municipal de Capivari em parceria com o SAAE realizou obras na rede de escoamento de águas pluviais na Avenida Pio XII, durante a última semana.
A obra, que tomou metade da pista de rolamento da avenida, no sentido Rafard-Capivari, no trecho em frente ao Parque Ecológico, foi feita porque a tubulação antiga de um Poço de Visita de uma empresa local, feita em 1999, se rompeu e provocou o vazamento de resíduos para o Lago do Parque Ecológico.
Nas últimas semanas, várias pessoas que frequentam o Parque reclamaram do mau cheiro e da morte de peixes que boiavam sobre a água. O assunto foi tema de discussão na Câmara Municipal de Capivari e acabou trazendo à tona as cobranças da população local quanto à manutenção do Parque.
O Superintendente do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Capivari), José Luiz Cabral, explica que na obra da Pio XII teve que ser feita uma caixa nova. Segundo Cabral, a tubulação estava toda comprometida, houve vazamento para o Parque Ecológico e a Prefeitura precisou realizar uma obra grande. Como a Prefeitura não podia demorar na conclusão do trabalho, solicitou o apoio do SAAE, que segundo o superintendente, tem mão de obra contratada e por isso realizou a empreitada, a fim de que o vazamento fosse contido com urgência.
Cabral ainda informou que os resíduos dessa empresa seguem direto para o Rio Capivari sem tratamento e que a empresa não paga taxa de esgoto para o SAAE.
O secretário de Obras e Meio Ambiente de Capivari, vice-prefeito Júnior Pacheco, em entrevista ao R em Revista, na Rádio R FM, na terça-feira, 13, afirmou que a obra pertence ao SAAE e que se trata de manutenção na tubulação de vias de águas pluviais. Pacheco afirmou desconhecer o problema de vazamento de resíduos de uma empresa local para o lago do parque e que obras de melhorias serão realizadas no Parque Ecológico. O secretário citou inclusive a construção de uma academia ao ar livre.
Mas o superintendente do SAAE rebate as afirmações de Pacheco e afirma que obras de manutenção em vias de águas pluviais, ou seja, águas de chuva, são de competência da Prefeitura Municipal e não do SAAE.
Para averiguar se houve contaminação no Lago do Parque Ecológico, a Diretoria de Meio Ambiente de Capivari acionou a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), que esteve no local e recolheu amostras da água para análises. O resultado das amostras deverá ficar pronto nos próximos dias.
No referido local já foi detectado um vazamento em uma rede antiga desativada e que era utilizada por uma empresa nas imediações da Avenida Pio XII. Segundo a Diretoria de Meio Ambiente de Capivari, esse problema foi solucionado na segunda feira, 12, pelo SAAE.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, nos próximos dias, a Diretoria de Meio Ambiente e o SAAE farão a oxigenação do leito do lago para sua normalização.
Manutenção
no Parque
Durante duas semanas consecutivas, o vereador Valdir Antonio Vitorino (PDT) falou sobre o assunto na Tribuna Livre. Segundo Vitorino, hoje o Parque Ecológico está com problemas na galeria de escoamento de água. Ele diz que as galerias estão todas entupidas e quebradas e que para a manutenção do Parque não são necessários grandes investimentos, mas sim manutenção para sua preservação.
Na semana passada, a Prefeitura divulgou em nota que a propriedade do terreno onde hoje está o Parque Ecológico, está sendo discutida na Justiça. Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Capivari, a área do parque ecológico pertence à Imobiliária Beira Rio, empresa responsável pelo loteamento do Bairro Morada do Sol. Entretanto, a área do parque foi deixada de fora do loteamento. Segundo informações obtidas pelo município, o local gerava grandes problemas ambientais à empresa e além disso ela possuía dívidas de IPTU dos lotes não vendidos.
A Administração Municipal na gestão do Prefeito Carlos Borsari, já tinha o projeto para a construção do Parque. Então foi realizado um acordo para se trocar as dívidas. Por meio de decreto de desapropriação, o Parque passaria a ser do município em troca da dívida. Mas os procedimentos legais para fechar a negociação não foram concluídos e a Prefeitura não possui documentos do acordo.
A imobiliária entrou na justiça contra a Prefeitura de Capivari pelo não pagamento da desapropriação. O processo está em andamento e somente após a conclusão é que a Prefeitura poderá legalizar a propriedade do parque e fazer qualquer obra de melhoria no local.
Por enquanto, a Prefeitura fará reformas nos equipamentos de madeira do parque, colocação de novos brinquedos no local, construirá uma praça de exercícios ao ar livre, reforma e cerca das quadras, além de arrumar a pista de caminhada.
