Opinião

Nossa Senhora na minha vida

Padre Antônio Carlos D’Elboux é pároco de Rafard (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Padre Antônio Carlos D’Elboux

Nascido em família católica, em Santa Bárbara d´Oeste, desde pequeno sou devoto de Nossa Senhora. O que variaram durante minha vida foram os títulos com os quais invoquei e invoco a Mãe de Jesus. Na infância, motivado pelo título de Madroeira do Brasil e pelas Missões Redentoristas acontecidas em meus primeiros anos de idade, invocava Nossa Senhora como Aparecida. Aquela cuja imagem foi encontrada por três pescadores, em outubro de 1717, no Rio Paraíba. Faz um bem muito grande venerar sua pequenina imagem no Santuário Nacional de Aparecida e sentir a presença dela em minha vida.

Entrando no Seminário Paulino, em São Paulo, com dez anos de idade, aprendi a venerar Nossa Senhora como a Rainha dos Apóstolos, devoção divulgada pelo Beato Padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, que reconhece Nossa Senhora como aquela que esteve com os Apóstolos de Jesus e apresentava Jesus para as pessoas. É Jesus quem deve ser amado, adorado, vivenciado e testemunhado aos demais. É Maria Santíssima quem forma e torna frutuoso o trabalho dos discípulos missionários de seu divino Filho.

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Indo fazer mestrado nos Estados Unidos, morando inicialmente em Nova Iorque e depois em Macomb, uma pequena cidade do Estado de Illinois, aprendi a venerar Nossa Senhora com o título de Imaculada Conceição, a madroeira dos Estados Unidos, venerada na Basílica Nacional em Washington. Maria é aquela que seu dogma, proclamado pelo Papa Pio IX em 08 de dezembro de 1854, mostra que foi concebida, por privilégio divino, sem mancha alguma do pecado original, aquele com o qual todos nascemos devido à falta de nossos primeiros pais.

Nomeado pároco em Piracicaba, fui conhecer um novo título mariano: Nossa Senhora dos Prazeres, devoção originária em Portugal e que venera Nossa Senhora em suas sete grandes alegrias: Anúncio de que ela foi escolhida para ser a mãe de Jesus, a visita de sua prima Isabel que estava grávida de João Batista, ela dá à luz o Salvador, os Magos do Oriente vem adorar seu filho e trazem presentes para Ele, Maria encontra seu filho que estava no Templo discutindo com os doutores, a ressurreição de Jesus e a gloriosa ascensão de Maria ao céu em corpo e alma.

Escolhendo ser missionário em Manaus, conheci o título de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, madroeira da paróquia no Bairro da Compensa, onde fui pároco por três anos, dentro do Projeto Missionário da CNBB-Sul 1 e Norte 1. Tive a alegria de ir até a Lituânia, em Vilnius, onde se originou esta devoção, cuja imagem é pintada a óleo em tábuas de carvalho, com roupa em prata revestida de ouro. Nossa Senhora é aquela que usa de misericórdia para com todos os seus filhos e filhas. Sempre mostra Jesus, o Divino Misericordioso, que sempre nos dá uma nova oportunidade, apesar de nossos pecados. Maria Santíssima continuamente pede a Deus por todos nós.

Vindo há três anos para Rafard, como pároco da Paróquia N. Sra. de Lourdes, venero Nossa Senhora com o título de Lourdes, devoção originada no sul da França, nas dezoito aparições de Nossa Senhora à adolescente Bernadete Soubirous, entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858, quando Nossa Senhora pediu que se rezasse e fizesse penitência pela conversão dos pecadores, apresentou-se como a Imaculada Conceição e fez surgir uma fonte com água medicinais, que continua curando muitas pessoas, mostrando a especial intercessão de Nossa Senhora junto a Deus pelos doentes e sofredores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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