Desde 2004, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos vem atualizando um estudo chamado “The State of Health and Aging in America”. A versão mais recente é deste ano e mostra avanços com relação à saúde e ao bem-estar da terceira idade, aumentando a prevenção de doenças e reduzindo tudo o que contribui para a morte prematura e a invalidez. Não é surpresa que nos Estados Unidos, bem como no Brasil, as principais causas de morte de pessoas com mais de 60 anos são doenças cardiovasculares (entre elas, o infarto), câncer, doenças respiratórias, Alzheimer e diabetes. A seguir, seis passos para viver com mais saúde e por mais tempo:
1. Faça exames. “Entre as mulheres, a mamografia deve ser realizada anualmente depois dos 40 anos. Se houver indicação clínica, pacientes de alto risco e com histórico de câncer de mama na família podem começar a realizar exames preventivos mesmo antes dos 35 anos. Os homens devem fazer o exame de toque retal e dosagem de PSA total no sangue a partir dos 50 anos. Aqueles com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar o rastreamento a partir dos 40 anos. O ‘antígeno prostático específico’ é bastante utilizado no diagnóstico precoce do câncer de próstata e no seguimento da doença, pós-tratamento. Para homens e mulheres, o eletrocardiograma é muito importante. Quem não tem histórico familiar pode começar a fazer parte da bateria de exames anuais a partir dos 50 anos. Dependendo das orientações do médico cardiologista, o eletrocardiograma deverá ser acompanhado do teste ergométrico e do ecodopplercardiograma”, diz o médico ultrassonografista Leonardo Piber, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo.
2. Tome vacinas. Nos Estados Unidos, gripe e pneumonia são a sétima causa de morte entre idosos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a situação é mais crítica: ocorreram mais de 70 mil mortes relacionadas à gripe somente em 2008 (incluindo pneumonia e bronquite), sendo que os idosos somavam 90% dos casos.
3. Seja fisicamente ativo. Todas as pessoas – não só os idosos – deveriam se preocupar em fazer atividades aeróbicas e fortalecer os músculos de forma regular. Enquanto os exercícios aeróbicos melhoram o sistema cardiovascular, também acrescentam diversão à rotina da população – que se reúne para caminhar, nadar, andar de bicicleta, jogar tênis ou futebol, por exemplo. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano recomenda 30 minutos de atividades diárias ou duas horas e meia por semana.
4. Coma mais frutas e vegetais. Uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a um risco menor de câncer, doenças do coração e diabetes. Depois dos 65 anos, o ideal é ingerir no mínimo cinco porções de frutas e vegetais por dia. Também para as doenças oculares essa dieta é recomendada. “Além de comer porções menores várias vezes ao dia, o modelo ideal de refeição deve incluir frutas, legumes e verduras frescas – já que os alimentos antioxidantes oferecem grandes benefícios também à saúde ocular, retardando doenças como catarata, degeneração macular, olho seco e tantas outras”, diz Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos.
5. Pare de fumar. Apesar de todos os esforços do Ministério da Saúde para banir o cigarro das campanhas publicitárias, o tabaco ainda é a maior causa passível de prevenção de doenças e mortes. “Trata-se de um fator de risco que está relacionado diretamente a várias doenças, como o enfisema pulmonar, e diversos tipos de câncer”, acrescenta Maria Teresa Natel, médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB).
6. Trate a hipertensão. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que um em cada três adultos sofre de hipertensão arterial – condição que responde por metade de todas as mortes por derrame ou problemas cardíacos. No Brasil, a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, aponta que 24,3% da população tem pressão alta e a doença é mais comum entre as mulheres. Para viver mais e melhor, nesse caso, é importante medir a pressão com regularidade, tomar religiosamente os medicamentos prescritos pelo médico e modificar o estilo de vida – reduzindo a quantidade de sal na comida, parando de fumar e fazendo mais exercícios.