Editorial

Editorial – A escolha é sua

Por que será que a mídia, uma plataforma que oferece múltiplas formas de manifestação, seja ela “on” ou “off” tem sido tão escandalizada, criminalizada e deturpada nos últimos tempos?
Revolta declarada por uma minoria, que deve ser respeitada, mas que abre espaço para novas discussões. A quem querem calar? O que querem esconder? Quem os lidera?
À medida que muitos veículos de comunicação fecham as portas por questões financeiras, outros tantos surgem bancados por interesses políticos e com a promessa de serem os “donos da verdade”, induzindo o leitor a acreditar que todos os outros são mentirosos.
Claro que com o mínimo de inteligência, ao ligar os pontos, o leitor vai descobrindo quem é quem, e não se deixa seduzir pelos que o tentam ludibriar. Aos poucos, as pessoas estão deixando às margens da alienação social, e buscam confirmar se não estão sendo conduzidas a acreditar numa “verdade mentirosa” e maquiada.
Quando um veículo de comunicação trabalha em favor da comunidade e não a seus caprichos econômicos, recebe o reconhecimento social. Mesmo com as dificuldades inerentes ao dia-a-dia, a luta continua. Políticos entram e saem, mas a mídia continua ali, creditada pelo respeito e credibilidade conquistada ao longo dos anos.
Falar, escrever e mostrar a realidade, para muitos dói, e isso prejudica a imagem, a reputação, seja ela política, pessoal ou empresarial. Reputação esta, muitas vezes fadada em mentiras.
O veículo de comunicação deve ser explorado de maneira sadia, em busca do bem comum. Quem não sabe usar e pactua de egocentrismo extremo, joga contra a imprensa que não satisfaz seus desejos. Nessas horas, o apoio popular é muito importante para que a luta continue e o encorajamento seja constante, sem mentiras e omissões.
Quem teme o jornalismo, tenta calá-lo. Quando a imprensa atinge o íntimo, oferece opinião aos deseducados. Karl Marx já dizia que “a imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas”.
Vinte e dois anos não são dois meses. Neste capitalismo desenfreado, sobrevive quem tem ética, criatividade e gosta do que faz.
Enquanto houver respeito e profissionalismo entre o que é oferecido para o consumo intelectual do leitor e compromisso para com a verdade na informação, “nós sobreviveremos”.
O que é bom, é consumido frequentemente, o que é ruim, vai pro lixo. Você escolhe o que consumir e o que é melhor pra sua saúde intelectual.
Bom appétit!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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