Ao falar de desenvolvimento as pessoas quase sempre associam o termo com acontecimentos benéficos para a sociedade. Mas quando o assunto é desenvolvimento, a pergunta que deveria vir acompanhada seria: Para quem? Afinal, muitas situações que são ditas são para o crescimento de uma cidade, estado ou país e acabam sendo relevantes apenas para o interesse de um grupo, podendo custar “caro” para uma grande parcela da população.
Esse é o momento vivido pela pequena “Cidade Coração”. Emancipada em 1965, Rafard foi desintegrada de Capivari, porém, ficou a mercê da usina açucareira, proprietária de mais de 80% da área total de terras no município.
Toda administração que passa por aqui, parece não conseguir impor o papel de autoridade maior, fazendo valer a tal liberdade conquistada, e mantendo a política da “boa vizinhança”, depende econômica e territorialmente dos caprichos da usina.
O que no passado serviu como presente, contando com a colaboração dos franceses que construíram igrejas, escolas, casas etc, e permitiram o desenvolvimento de uma cidade em torno da usina, hoje, bloqueia o progresso, sufocando o povo que aqui vive e acabando com o pouco que resta da história do município.
Essa é a realidade, uma dependência perigosa, só não enxerga quem não quer.
O fim dessa história? Reflita!
