Editorial

Editorial- Deus, protegei-nos

Enquanto a sociedade clama por segurança pública, bandidos, de todas as idades, locais, raças e sexo, continuam a solta, bagunçando a vida de cidadãos de bem.
Sorte daqueles que tem apenas seus bens furtados, que com o trabalho, recuperam novamente. Azar de quem sofre com a perda de um familiar, amigo, ou aquele que fica com sequelas fatídicas, que caem como uma morte em vida.
É comum ouvirmos absurdos e acusações sem fundamento às instituições policias. Alguns “sábios” soltam a tal resposta pronta de que “a polícia é corrupta e ineficiente”. Outros, que conhecem um pouco das condições de trabalho fornecidas a estes homens, dizem que “eles fazem milagres”.
Porém, milagre mesmo é a sorte de cada um em esperar a sua vez, como se fosse uma loteria indesejada, aguardando a chega do seu dia e acompanhando as notícias da má sorte do vizinho, nos meios de comunicação.
Fica difícil para algumas pessoas enxergarem o enfraquecimento da polícia e das carreiras policiais, enfraquecimento este, por excesso de atribuições não policiais, bem como a ausência de políticas públicas sociais sejam os responsáveis pelo problema.
O Poder de Polícia, em definição simplista, nada mais é que o poder do Estado de invadir e limitar certas garantias e direitos individuais quando o interesse público prevalecer sobre o interesse particular. Todavia vivemos a “cultura do abuso”, isto é, sempre que uma pessoa discorda de uma atuação policial estritamente legal afirma aos quatro cantos que “isso foi abuso de autoridade”.
O enfraquecimento e essa cultura do abuso desencadearam outras posições errôneas, onde a polícia fica de “mãos atadas”, em alguns casos até receosa em atuar, e mesmo assim é responsabilizada quando ocorre um fato criminoso.
O atual caos da Segurança Pública tem uma de suas razões não em uma polícia ineficiente, e sim em uma polícia fraca e sem garantias. Por medo de eventuais abusos enfraqueceu-se a polícia de forma que a mesma, de tão esvaziada e desvalorizada que foi, tem dificuldades de enfrentar o crime organizado.
Reflexo disso, temos visto dia-a-dia na ruas, e cada vez mais perto. Só nas duas últimas semanas, noticiamos diversos assaltos à mão armada, um comerciante baleado, veículos furtados, apreensão de drogas com menores de idade… isso o que se sabe!
A polícia, guardas municipais e autoridades envolvidas na segurança tem feito o que podem e também o que não podem, muitas vezes, até mais do que se espera. O que esperar do futuro?
Diz a Bíblia Sagrada que “a quem muito é dado, muito será cobrado”. Assim sendo, primeiro há que se “dar” (legislação, remuneração, material, tecnologia, garantias) para a polícia e seus dirigentes a fim de que possa se legitimar uma cobrança séria e arrazoada. Do contrário, é tudo hipocrisia e briga por parcelas de poder. Não se pode cobrar quando nada é oferecido. Não se pode cobrar os fins quando não se fornecem os meios para atingi-los.
Enquanto isso não acontece, que Deus nos proteja!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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