Rafard se prepara para reviver uma de suas mais queridas tradições: o Baile da Cana. Em um momento em que as cidades muitas vezes buscam resgatar suas memórias, este evento nos faz olhar para o passado e recordar os tempos áureos, prometendo não apenas resgatar as raízes culturais da cidade, mas também proporcionar à comunidade uma noite de celebração e nostalgia.
O Baile da Cana tem um papel importante na história social de Rafard. Remonta a uma época em que as festividades locais eram o ponto de encontro de famílias, amigos e vizinhos, unidos pelo ritmo das músicas e pelo espírito de confraternização. Era um tempo em que as grandes plantações de cana-de-açúcar e as usinas ditavam o ritmo da vida cotidiana, com as colheitas e o processamento da cana sendo o sustento de muitas famílias. E esses bailes, realizados em salões comunitários ou nos pátios das antigas fazendas, representavam uma pausa nas rotinas árduas, um momento de descontração, diversão e troca de histórias.
A festa está marcada para acontecer no salão paroquial da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes, no dia 9 de novembro. Além de relembrar os eventos do passado, promete ser um elo entre gerações. A banda Pira Jazz, com seu repertório variado, e a participação de Hildo Biti, trazem de volta o clima de outros tempos, quando a música ao vivo transformava a noite em uma verdadeira celebração.
Além da música, a comida e a bebida também fazem parte da tradição. A venda de comidas de boteco gourmet e drinks à base de cachaça e cana especial evocam o sabor de um tempo em que tudo era mais simples, mas profundamente autêntico.
Mais do que uma festa, o Baile da Cana é um símbolo de resistência cultural, um lembrete do quanto nossas raízes são importantes para o futuro. Ao participar deste evento, cada cidadão de Rafard contribui para manter viva a chama de uma tradição que, apesar do passar do tempo, ainda pulsa forte no coração da cidade.
Que esta edição seja um brinde à memória, à alegria e ao orgulho de ser rafardense, celebrando não apenas o passado, mas o futuro que se constrói com base nas tradições que nos tornam únicos.