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Filosofia judaica e a Bíblia 2

Como já notamos, a filosofia judaica e a bíblica são mais práticas por se basearem nos ensinos religiosos do Torá (Pentateuco) enquanto a grega mais reflexiva, principalmente a escolástica medieval.

Gênesis expõe a criação da Terra e céu astral em seis dias literais de 24 horas e não evolução a partir do nada em milhões de anos. A palavra hebraica usada para dia é “yom” (dia literal, constituído de dia e noite; (Gênesis 1:8,13,19,23, 31; Levíticos 23:32; Daniel 8:14) É questão de em quem crer, nos homens da “ciência” ou nas Palavras de Deus.

Desde Moisés, o primeiro escritor, inspirado pelo Espírito Santo, até 2024, a Bíblia tem 3524 anos, sem incompatibilidades e de forma pétrea, embora perseguida pela inquisição e pelos iluministas. Mas, todas as ciências são muito mutáveis.

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A filosofia humana e até alguns teólogos não creem na literalidade bíblica. O Papa Francisco disse que Deus não tem “varinha mágica” para criar tudo em seis dias literais. Esquecem-se todos eles, que como eles mesmos ensinam, Deus é onipotente, e criou todas as coisas falando, sem matéria preexistente.

Deus deu a noite para o repouso e o dia para trabalhar. Todos sabem que na quietude e na escuridão, das 22 horas até às 6 horas os neurônios se refazem, assim como todo o físico. Deu também o sábado, como dia semanal de descanso dos trabalhos, o que é reconhecido pela ciência médica, como necessário.

A filosofia do Torá, Javé relacionou os alimentos que seu povo devia comer (os limpos) e aqueles que não podiam comer, por ser impuros, impróprios para a saúde. (Levíticos 11).

Quanto à questão de higiene e profilaxia, num tempo de ignorância total dos povos vizinhos, foram orientados a sair do arraial com alguma ferramenta para cavar e aí defecar e cobrir seu excremento. Deuteronômio 23:13-14) O Senhor preveniu o povo quanto às enfermidades contagiosas.

Os leprosos (hanseníase) deviam viver isolados, evitando o contato com os demais, com roupas rotas, advertindo, gritando, ser um leproso para que não se aproximassem. (Levíticos 13:38-46)

Através de Moisés os israelitas foram ensinados a lavar as mãos antes das refeições, a banhar-se e trocar de roupas antes das cerimônias religiosas e no seu cotidiano. (Gênesis 18:2-5; 19:2; 35:2; Êxodo 40:30-32; Marcos 7:3-5)

O Senhor ensinou aos saídos da escravidão, habituados ao desasseio, a prática da higiene e “princípios de saúde impostos pelas leis sanitárias” (Conselhos do Bom Viver, p. 277) para a conservação da saúde, deveriam ser um povo diferente dos demais, distinguindo o limpo do impuro.

Os judeus eram muito alegres, comemoravam três festas anualmente em Jerusalém e para lá viajavam em caravanas, a pé. Cantando hinos, felizes pela bondade e segurança que Deus lhes proporcionava, morando em cabanas ao ar livre, em sociedade.

Eles aprendiam, desde cedo, nos primeiros anos, a cantar. A música e o canto eram matérias da escolarização israelita. No tempo do rei Davi, havia 4.000 cantores e músicos somente entre os levitas, (1 Crônicas 23:5) além daqueles das 11 outras tribos, além dos trombeteiros para convocação do povo e do exército.

A música e a poesia eram muito importantes para esse povo no seu dia a dia, nos rituais religiosos, no ensino da língua hebraica e outras disciplinas. Havia muitos peritos nessa arte, porém, o que mais se destacou foi Davi que escreveu a maioria dos salmos, construiu instrumentos musicais Salomão escreveu o cântico dos Cânticos.

Moisés escreveu salmos e todo o Pentateuco, grande parte em poesia. Quase todos os livros bíblicos contêm poesias e músicas. Veja Juízes 5, o canto de Débora, Lucas 1:46 de Maria, mãe de Jesus, Apocalipse, 4;5;15, 19 de João.

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.” (Provérbios 17:22)
Mateus descreve o evento da volta de Jesus Cristo a esta Terra com todos os seus trilhões de anjos, uma orquestra composta de inumeráveis músicos perfeitos, com instrumentos celestiais, tocando forte clangor acompanhados de coral formado de incontáveis anjos. Todos regidos por Cristo ao toque de trombeta de prata.

Que espetáculo maravilhoso! Ele virá com toda a sua glória e dos anjos. (Mateus 24:30-31) O cenário iluminará toda a Terra e todo olho o verá, bons e maus, justos e ímpios.

Muitos se lamentarão porque não creram, ou, não se prepararam e serão abrasados, nem suportarão o volume da belíssima música celestial. Tomara que você não se lamente!

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