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Os Escolásticos, os gregos e a Bíblia

Desde o século 2, o mundo ocidental foi invadido pela cultura, oriental. A elite recebeu a filosofia e a arte helena, hindu, persa. O império romano adotou a religião mitraísta, imperadores como Marco Aurélio (161-180) e até Constantino (séc. 4) foram adoradores do deus sol. Constantino uniu o cristianismo e o mitraísmo e no ano de 321 decretou a guarda do domingo em honra ao deus Sol em lugar do sábado. Os simbolismos católicos, e maçons, bem como a guarda do domingo o atestam.

Santo Agostinho (354-430) teólogo, bispo em Hipona, norte da África, na sua “Civitate Dei” (Cidade de Deus) e outras obras, ensinou o pecado original e a predestinação (já nasce perdido ou salvo), clara demonstração de ideia platônica.

Na Grécia antiga as crianças recebiam escolarização, desde muito novas, na Esparta era mais militarizada, em Atenas, mais intelectualizada.

No final da Idade Média, iniciaram a catequizar as crianças e ensinar a ler, escrever e fazer continhas. Posteriormente introduziram a filosofia chamada escolástica e os padres dessa escola de escolásticos. Baseavam-se nos estudos da filosofia grega, exponencialmente Platão e Aristóteles. Os principais padres escolásticos são:

Anselmo da Cantuária (1033-1109) dedicou-se à ontologia (estudo dos seres) e sobre a existência de Deus.
Pierre Abélard (1079-1142) dedicou-se à ética, à lógica e à razão para compreender a fé. Acusado duas vezes como heresiarca. Ousado no seu relacionamento amoroso com Heloísa Argenteuil.

Alberto de Magno (1193-1280), dedicado às ciências e à conciliação da teologia católica com a filosofia aristotélica.

William de Ockham (vilarejo na Inglaterra) (1284-1347), frei franciscano dedicou-se à lógica, à teologia e à política. Foi acusado de heresia por um frade dominicano, e João 22 condenou-o porque fugiu de Avignon, sede papal nesse tempo. Ockham considerava João 22, um falso papa.

John Duns Scott (1226-1308) filósofo, teólogo escocês, tratou do amor e da infinita misericórdia divina. Enquanto Ockham e Abelardo diziam que a bondade e a verdade só existem na mente, Scott se opunha dizendo existir de forma real e substancial.

Pietro Pomponazzi (1462-1525), teólogo italiano, famoso representante do aristotelismo, sustentava que a alma morre com o corpo e dissolvia-se no ar.

Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, escreveu a Suma Teológica. Influenciado por Agostinho, embriagou-se com as doutrinas, platônica e aristotélica. Defendeu a ideia, que o homem é dualista, formado pelo corpo e pela alma encarnada, eterna, implantada por Deus no corpo e o governa. (Brasil Paralelo)
As ideias agostinianas e de Aquino predominaram na teologia católica e a imortalidade prevaleceu. Quando as igrejas da Reforma abandonaram o catolicismo, levaram essa concepção doutrinária.

Embora reconheça a complexidade de Deus, do mundo e do próprio homem, Aquino afirmou: alma é onde existe a Verdade e Deus é a Verdade. Logo a razão é a guia do ser humano e a ela submetem-se todas as faculdades: vontade, amor, fraternidade, etc. Conforme esta afirmação, o homem possui Deus, como dizem os iluministas racionalistas. Difere-se de Platão apenas porque o grego diz que Deus imprime os ideais divinos, na alma na encarnação e Aquino diz ser enquanto o homem vive neste mundo sensorial.

O intento era harmonizar os pensamentos teológicos católicos com os gregos.
(ver Hexagmedicina) Os escolásticos divergem uns dos outros como Pomponazzi divergia de Aquino sobre mortalidade da alma.

Filosofavam em torno de banalidades, por exemplo se a bondade, e outras virtudes, existiam só na mente ou eram concretas no espaço, como Scott versus Abelardo e Ockham. Disse o teólogo Dr. Kempel: discutiam até quantos anjos cabiam na ponta de um alfinete.

A Bíblia afirma: O homem feito de barro recebeu o ar soprado por Deus e se tornou alma vivente; (Gênesis 2 :7) Os homens são como os animais (Gên. 7:15; Ecl.3:19-22). A alma que pecar morre, não é eterna. (Ezequiel 18:20) Segundo a Palavra de Deus, os escolásticos, Platão e todos aqueles que nisto creem estão enganados.

As palavras hebraicas do V. T.: “nephesh, ruach, neshama” e as gregas do N.T.: “pneuma e psiquê” nunca foram usadas na Bíblia, e nem significam entidade que sobrevive ao corpo, mas, como ar, sopro, sangue, fôlego de vida…

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