Temos como conceito da IA: “O funcionamento da inteligência artificial acontece através da coleta e da combinação de um enorme volume de dados seguido da identificação de determinados padrões nesse conjunto de informações. Com esse processo, que geralmente se dá mediante a utilização de algoritmos pré-programados, o software consegue tomar decisões e realizar tarefas de maneira autônoma.” Conceito compilado pelo Google Cloud.
Pois, bem. Se o conceito e a determinante da IA é por meio de coleta de dados (é claro, alimentada pela inteligência humana) e a combinação de um grande volume de informações (também reunidas e disponibilizadas pela inteligência humana), utilizadas mediante sistemas concebidos pelo homem, então veremos que jamais a IA superará a Inteligência Humana, porque é esta que prevalece e é a que lhe dá sustentação. É simples: eu, Inteligência Humana, desligo os aparelhos, desconecto tudo e tenho tudo mudo e apagado. Onde, pois, a IA saberá religar tudo e continuar a sua tarefa?
Como o próprio nome diz, a IA é artificial. Ela necessita de alguém para alimentá-la e, com efeito, na qualidade de retentora de dados infinitos e combinações variadas, poderá nos proporcionar algo diferenciado, que não é bem diferenciado, mas extraído destas combinações. Isto é resultado de milhões e milhões de combinações e de processos matemáticos de exatidão.
A IA não é criadora, mas sim uma reprodutora da base que a Inteligência Humana disponibilizou para tal realização do trabalho em si. Na verdade, ela possui a imensidão de dados e de informações das mais variadas possíveis que nem os próprios dicionários conseguem suportar. Estende, pois, num infinito surpreendente, razão pela qual consegue nos trazer resultados imagináveis.
Num texto qualquer, para uma análise mais realística, a IA consegue descrever com total desenvoltura e utilizando-se de variadas dimensões e de variados caminhos de interpretação.
Temos, como exemplo, recentes artigos, estudos, relatos e, até, poesias cadenciadas, como são os sonetos alexandrinos. Já vimos que, dado o tema, a IA consegue compor com muita facilidade e perfeição. Isto para o sonetista ou outro da área literária, é algo que demanda tempo, pesquisa, consultas, etc., até chegar a uma perfeição. A IA não demanda tempo, apenas o trabalho de buscar na imensidão das fontes que detém, as palavras, o sentido, a perfeição do trabalho.
Causa-nos, contudo, espécie essa desenvoltura, pois que ficamos à mercê de saber ou não se o trabalho foi realmente idealizado e realizado pelo detentor (neste caso, o autor).
Imaginamos, pois, uma monografia ou tese sobre determinado assunto e que tais trabalhos surgem à luz do dia com perfeita sincronia, sem qualquer demanda de erros ou ajustes. Isto realmente a IA faz com perfeição e retira, do autor, o feitio sigiloso da obra que, sempre, causa uma espécie de admiração, tal a perfeita colocação verbal, com orações e períodos perfeitos da língua.
Fechando, esta pequena exposição de que a Inteligência Artificial é artificial, podemos afiançar que ela é algo produzido pela Inteligência Humana, mas que se expõe como uma nebulosa pessoa, escondida entre as trevas do conhecimento humano avançado.