ArtigosJ.R. Guedes de Oliveira

Capivari não se esquece da Soror Maria Valeriana

A administração municipal dá um passo enorme, ao tornar realidade o significativo Pronto-Socorro Infantil, inaugurado, há dias, na Santa Casa de Misericórdia – algo tão desejado e esperado pela comunidade capivariana.
Este jornal, sempre observador e fiel às notícias, assim disse:

“Um novo Pronto-socorro infantil foi inaugurado na manhã desta sexta-feira, 31, na Santa Casa de Misericórdia de Capivari. Pela primeira vez desde a sua fundação, o espaço promete revolucionar o atendimento de crianças entre 0 e 12 anos de idade em toda a região. Levando o nome de “Madre Valéria” a unidade é situada na antiga recepção do hospital São Francisco, que passou por reformas para readequação e será a partir de agora o local para atendimentos de emergência aos pacientes desta faixa etária. De acordo com o prefeito Vitão, a nova segmentação no atendimento visa oferecer melhor estrutura no atendimento ao público infantil, além de disponibilizar maior conforto para todos que utilizam o espaço”.

Ao mesmo tempo que louvamos, efusivamente, tal iniciativa, no setor da saúde, vimos que Capivari, seu povo, seus administradores municipais, não se esqueceram da figura da “Madre Valéria”, perpetuando, mais uma vez, o seu nome e seu gesto de humanismo sem igual.

Capivari não se esquece da Soror Maria Valeriana
Capivari não se esquece da Soror Maria Valeriana

Nas nossas pesquisas, conseguimos descobrir mais algumas referências a esta religiosa e enfermeira que tanto honrou a cidade.

Ida Zille, que gostava de ser chamada de Soror Maria Valeriana, dedicou parte de sua vida, muito embora tão cedo retirada do seio capivariano, aos mais necessitados de seus bons préstimos. Eis, pois, alguns dados biográficos da generosa udinense (Itália):

Madre Valéria Zille nasceu em Údine (Itália), no dia 9 de julho de 1910. Seu nome civil era Ida Zilli. Freira da Congregação das Irmãs da Divina Providência. Era, na verdade, Soror Maria Valeriana. Filha de Lourenço Zille e de Augusta Turchet. Chegou ao Brasil em abril de 1935, pelo Navio “Nectunia”. Madre Valéria veio a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia de Capivari, na década de 1940, morando então na Chácara do Carmo, dependências da Casa da Misericórdia de Capivari, falecendo ainda muito jovem, vítima de tuberculose, em 17 de setembro de 1945, com apenas 35 anos de idade. Muito adorada pela população, mormente os mais simples, foi homenageada por muitas famílias da cidade que batizaram suas filhas com o seu nome. Perpetuando a sua grandiosa figura, a municipalidade denominou, há alguns anos, o seu nome a uma das ruas centrais de Capivari e, agora, o seu nome no Pronto Socorro Infantil Madre Valéria.

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