ArtigosRubinho de Souza

Pausa para a reflexão!

Estava escaneando um documento para enviar para um cliente e como eles são salvos na mesma pasta onde são escaneadas as fotos antigas, depois de enviado o e-mail, me pus a rever aquelas fotos que são antigas e já faz algum tempo que escaneei e por falta de tempo ficaram meio que esquecidas na pasta, mas que mágica que é a nossa lembrança!

Vendo a foto minha com as tias Ana e Tere, que ilustra a publicação, a máquina do tempo já funcionou e retornei à minha infância, desculpe a narração em primeira pessoa, mas muitos vão sentir e lembrar de suas infâncias, de familiares queridos, que talvez já não estejam mais fisicamente entre nós, mas nunca deixaram de existirem em nossas lembranças.

Voltei até a casa do nono Quibao, na fazenda Leopoldina, casa essa que foi demolida sem piedade alguma, pois seu madeiramento poderia servir para muitas coisas, seus tijolos, dariam para construir várias casas, aliás, no meio dessas recordações, me vejo num domingo distante com meu pai, o nono Quibao demolindo casas em uma fazenda, que ele comprou para aproveitar os tijolos, que diga-se de passagem dão o tamanho de dois dos que temos hoje em dia, mas deixando de lado o “assassinato da casa”, voltemos as boas recordações!

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Pausa para a reflexão!

Que bom era chegar o domingo, vir na casa da nona Nega, e depois do almoço ir com meu pai até a casa da nona Pina, a gente ia a pé, pela estrada de ferro, chegando lá começava a aventura, pois já tinha chegado primeiro o Edmilson e Tadeu, pois moravam na Leopoldina também! Mas criança sabe como é, parece leite, quando a gente descuida, ferve, e com nós três não era diferente, e um dia numa brincadeira mais empolgada o Edmilson me jogou no chafariz do jardim, que era coberto por estrelas d’água como eram chamadas, era uma água parada e verde, e as tias me pegaram e derem banho, não lembro de quem era a roupa que me colocaram, mas duas coisas me lembro, a vergonha delas me dando banho, e que pouco tempo depois a gente estava brincando no jardim e pomar da casa, que no olhar de uma criança, parecia uma floresta, pronta pra ser explorada.

Por falar em pomar, que delicia que era comer frutas direto do pé, e eram as mais variadas, tinha um pé de maçã daquelas pequenas, verdes, que a recordação não é muito boa, pois como sempre fui guloso, comi muitas eram azedinhas, uma delícia, mas eram pesadas e me deram a maior dor de estomago, me fazendo passar mal, coisa que lembro até hoje. Outra coisa que a gente fazia era assaltar a estufa de bananas, assaltar no bom sentido, pois casa de nona sempre tem fartura e pode se comer de tudo!

Mas vamos voltar ao presente, sem esquecer o passado, que sempre nos traz grandes e boas recordações, e rogar para que um dia pudermos ser boas lembranças para os que nos sucederem no caminho da vida, que bom podermos ter recordações, e ainda ter o privilégio de poder dar uma pausa no serviço para fazer essas reflexões!

Crônica escrita por JR Quibaologo do fundo do baú raffard

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