O moço usava chapéu e uma capa. Ao lado dele havia um menino.
O moço, então, me desejou a paz, e eu perguntei se ele morava por aqui.
– Vou deixar você ali na encruzilhada. – Ele disse. E não respondeu a minha pergunta.
A estrada era linda, com árvores dos lados.
Chegamos à encruzilhada e, de novo, perguntei:
– Qual é o nome do senhor?
– Não está me reconhecendo?
– Você está escrevendo um livro falando de tudo isso aqui, falando de nós!
– Não reconhece o menino?
Então, num sobressalto, respondi:
– Frei Toninho?
– E este menino é o…
Não consegui terminar a frase e sorri involuntariamente. Então, meio que sem domínio de meus próprios movimentos, peguei as madeiras, coloquei nos ombros e saí da charrete. Ele me disse adeus e desceu a estrada.
Nisso, eu vejo o Diego subindo o barranco com a ajuda de um vizinho que estava trabalhando por ali, outro morador de uma das casas da fazenda.
Oferecendo-me ajuda, pegou numa das pontas das madeiras para que eu subisse o barranco também.
Olhei para trás, o mato estava do mesmo jeito, cobrindo o caminho. Não havia árvores e nem sinal de charrete no chão.
Seguimos para casa, discutimos sobre a localização do orquidário que iríamos fazer, e nisso a Cristina disse que o almoço já iria ficar pronto, que era para não começar nada ainda.
Almoçamos e eu fui pegando as ferramentas e já fui furando o chão. Logo chegou o Diego para ajudar, em seguida a Cris depois a Laila, toda entusiasmada!
Ficou para o dia seguinte o término do sombrite que saímos cedo, a Laila e eu, para comprar.
E a pintura, de cor azul, com a ajuda da Cris foi até o anoitecer, quando terminamos.
Assim saiu um lindo orquidário que, no terceiro dia, a Cris, com a Laila, já foram arrumando, e com um pouco da minha ajuda terminamos sem nenhuma martelada no dedo.
Mas acho que a caminhada para buscar madeiras não fez muito bem para mim, fiquei com dor nos ombros.
E o resto da história não sei se é verdade!
Mas o livro irei terminar de escrever, agora com ainda mais inspiração.
Estou terminando de escrever este conto às 11 horas e 20 minutos de uma noite de quarta-feira, 25 de março de 2020.
Estou sozinho no estúdio da minha rádio…
Mas estou com a porta aberta, por precaução.