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Você sabe o que é carta de apresentação do aluno?

Bora lá entender essa estratégia muito interessante para facilitar a vida do seu filho(a) e acalmar seu coração no início das aulas?

A gente é muito curiosa. A presença de um colega da mesma idade, mas que se comporta de forma diferente, tem dificuldades na fala ou um jeito peculiar de interagir com os outros gera muitas perguntas que, por vezes, professores não estão preparados para responder. Dúvidas que, se não sanadas, geram estranhamento e prejuízos na socialização.

Dar informações básicas sobre o seu filho ou filha para que as pessoas que vão lidar com ele durante a maior parte do dia saibam o que é importante sobre ele ou ela é respeitar a singularidade é acessibilidade!
Vou explicar alguns tópicos que poderiam estar na Carta Apresentação e cada um ajusta segundo a sua realidade:

– Informações básicas (Sobre Mim): você pode comentar sobre qual a deficiência ele(a) tem se tiver condições coexistentes, sobre a família, se tem animais de estimação, sobre alimentação, sobre seus stims ( estereotipias), sobre as buscas sensoriais, sobre as atividades da vida diária ( se alimenta sozinho, se tem rigidez a utensílios ou dificuldade de manuseio, sobre ir ao banheiro, lavar as mãos, uso de fraldas…), sobre temperatura ambiental;

– Coisas que a pessoa gosta: você pode adaptar conforme o ambiente a que se refere pode ser escola, pode ser com nova equipe ou terapeuta, pode ser para amigos ou parentes e dizer tudo que o aluno gosta tudinho mesmo desde brinquedos, brincadeiras, lugares, stims, alimentação, lugares, tipo de carinho, reforçador social (bater palmas, parabenizar uma ação, cócegas, sorrir), desenhos preferidos ou vídeos, músicas;

– Coisas que irritam: esse tópico é muito importante pois agiliza na previsibilidade e como solucionar se acontecer de ficar irritado. Aqui você pode dizer sobre as sensibilidades auditivas, táteis, cheiros, esperas, ser contrariado, não entender o que ele quer ou o que a gente quer dele(a), se estiver com fome, sono, cansado, com tédio, dor;

– Como se comunica: isso é muito importante!!! Chorar, gritar, agredir, ficar impaciente tudo isso é uma forma de comunicação, assim como rir, abraçar também é! Detalhe as formas que seu filho(a) utiliza para dizer que quer algo! Se faz uso de Libras/ Braille ou CAA. Se faz uso de pistas visuais. Um parêntese aqui se o aluno estiver dificuldade na comunicação que tal Profissional introduzir a Comunicação Alternativa?

– Como ajudar: outro tópico importante como ajudar nos momentos de desafios de crises, comportamentos barreiras (fuga, esquiva, tédio, hiperatividade), descreva como você soluciona cada momento delicado, por exemplo falar em tom calmo, levar para um cantinho da tranquilidade, apagar as luzes, redirecionar para uma atividade de interesse;

– O que ele/ela pode fazer (as habilidades): você pode até dar dicas de habilidades em desenvolvimento enfim fale tudo que pode agregar no ambiente e fale muito mesmo para que todos saibam que seu filho(a) tem muitas janelas de oportunidades só saber extrair.

Se tiver alguma dúvida em como montar pode me chamar. A conscientização bem-feita facilita muito no processo da independência e autonomia e torna o ambiente e as pessoas conscientes.

Não é receita de bolo, precisa viver e conhecer para entender, amar e respeitar para aceitar.

Espero que tenham gostado e bora lá preparar o Resumo do Aluno que o início das aulas já começou!!!Um ano acessível a todos!

Se quiser receber notícias sobre inclusão e acessibilidade e desejar fazer parte da minha lista de transmissão me chame whats (19) 99398-0478.

Adriana Guimarães

Bióloga e Pedagoga, Professora da Educação Especial, Ativista Social-Mãeromba, Membro do Conselho da Pessoa com Deficiência em Rafard, mãe de um garotinho autista de 8 anos, o Raonic. Se quiser receber notícias sobre inclusão e acessibilidade e desejar fazer parte da minha lista de transmissão me chame whats (19) 99398-0478.

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