Natal é o dia mundial em que se comemora o nascimento de Jesus. Parodiando Sócrates: uma coisa sabemos, é que não sabemos o dia em que Jesus nasceu. Sim, não se sabe exatamente o dia do aniversário do Senhor e Salvador do Universo.
Segundo o documento da igreja de Alexandria, João Batista, primo de Jesus, nasceu no dia 23 de abril; sendo que Maria deu à luz seis meses depois de Isabel, Jesus deve ter nascido perto do dia 19 de outubro.
No dia 25 de dezembro era ainda inverno no hemisfério norte, o que tornava impossível José e Maria viajar numa mula, da Galiléia à Belém de Nazaré, 7 Km (Luc. 21-7), inviável também pastorear ovelhas à noite ((Luc 23:8) ou Maria parir na manjedoura e sem cobertas para o nenê; tudo estaria coberto de neve.
Então, porque foi adotado o dia 25 de dezembro como o natal do Senhor Jesus?
Zoroastro (ou Zaratustra), influenciado pelo hinduísmo, fundou na Pérsia, a religião mitraísmo, a qual adora o Sol. Como o Sol, o seu deus, vai ressurgir no dia 21-25, estabeleceram o dia 25 como seu nascimento.
O mitraísmo foi adotado por vários imperadores de Roma, e aí se enraizou amplamente. A Igreja, sob a régia do imperador Constantino, cultuador do sol, identificou este deus pagão com o Cristo do cristianismo onde fora decretado o domingo como dia de guarda, exceto aos agricultores. Facilmente, a ideia de que Cristo nasceu no dia 25 de dezembro foi assimilada.
Era uma época de pouca instrução e facilmente tornavam verazes os contos e lendas mais risíveis. A Folha, em seu antigo caderno, “Folhinha”, publicou a algum tempo vários contos. Um deles dizia que o menino Jesus fez pássaros de barro, quando malfeitores iam pisar neles, Jesus bateu palmas e as avezinhas voaram.
A devoção a Jesus assumiu várias formas através da história. Uma é o presépio, há os que creem que foi criado por Francisco de Assis. Outra, muito importante, é a adoração ao Menino Jesus de Praga.
Surgida com os Carmelitas Descalços, em 1628 (Há quem afirme que Stª Teresa D’Ávila introduziu nos conventos e daí se espalhou). O Menino foi presenteado com uma estátua pela Princesa Polyxena de Lobkowitz, da República Tcheca.
Jesus estava já crescido, vestido como príncipe tendo na mão o globo e com a outra abençoava o povo, com os dedos indicador e médio voltados para o céu e um sorriso estampado na cara, muito raro nas imagens.
A devoção ao Menino Jesus de Praga, comemorada em junho, foi trazida pelos padres Carmelitas ao nosso país. Hoje se conhece o Menino Jesus de Praga por muitos recantos do país.
Deixando as muitas lendas e mitos de fora, a realidade é que Jesus, da mesma natureza do Espírito Santo, tornou-se carne e do ventre de Maria nasceu como homem, por amor aos pecadores, sofreu como humano, morreu como tal, a fim de que fôssemos perdoados e termos vida eterna ao lado dele.
O Natal tornou-se uma festa de fraternidade e altruísmo. É quando nos condoemos mais facilmente com as necessidades do próximo. É uma festa de união familiar.
Com o coração mais sensível, há mais declarações de amor entre o casal, perdoa-se fraternalmente e aos vizinhos, a alegria extravasa o coração, e volta-se para o Criador com espírito de gratidão. A música, o alimento, a reunião familiar, tudo enfim, serve para reatar laços partidos.
Apesar da data errada, do uso idolátrico, podemos e devemos reunir a família, numa atmosfera de amor e perdão, de modo a irradiar felicidade contagiando vizinhos e amigos. Estejamos certos de que o Senhor Jesus Cristo participará de tal confraternização.
Brotará e vicejará dos corações festivos e cristãos um amor sensível, altruísta, abrangendo aos desafortunados e aumentará a alegria natalícia de todos. A estes, “O Rei Senhor Jesus lhes dirá: “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mat. 25:40) Deus é amor e deseja estar entre aqueles que se amam!
O mandamento de Deus é: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração e amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. (Mat. 22:37-39) Quem é o nosso mais próximo, senão a nossa esposa, esposo, pais, filhos e irmãos? A eles devemos, primeiramente o amor, carinho, proteção e lealdade.
Ah! A permuta de presentes não é a parte principal, mas a troca de gentilezas, de amor sincero, isso é vida! A árvore de natal, os enfeites, as luzes, o colorido, as músicas suaves e as surpresas, têm seu papel, contudo, o mais importante é o amor.
Desejo, cordialmente, aos dirigentes do “O Semanário” e aos queridos leitores, um natal repleto de amor e com a sensível presença do pródigo Deus!