Sem o querer, abri meu velho armário
emperrado de velhice e solidão
e o do outro lado, um mundo mágico
avistei uma donzela estranha e vaidosa
dizendo-se Imperatriz daquele País
de uma elegância falsa e duvidosa
num mundo surreal, de trágicas tiranias
como nas Crônicas de Nárnia
com gigantes, bruxas e fantasias.
Iniciei conversas, sem me entender
onde estávamos e que idioma falávamos
discorremos sobre políticas e tiranias deste mundo
o último Prêmio Nobel de Literatura
em linguagem universal a dizer por mil palavras
mais que as verdades ou imbecis amenidades.
O crepúsculo avançado
ao som de Danúbio Azul
alimentando desejos
escondendo pecados
sem amor, sem culpas
sem medo, sem legados.