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O legado do Lôlo Ferracciù

O falecimento de Lôlo Ferracciù, ocorrido no dia 20 passado, deixou uma enorme lacuna em Capivari, em diversos termos e segmentos, não só pelo seu acendrado amor pela cidade, como pelo seu jeito especial de compartilhar com as coisas da “terra dos poetas”.

Lôlo Ferracciù amava Capivari e, em todas e quaisquer circunstâncias, deixava transparecer, em gestos e palavras, com brilhos nos olhos, o significado de sua presença e vivência entre seus familiares, amigos, parentes e admiradores. Uma constante participação social e cultural. Uma alegria contagiante, renovada a cada instante, particularmente junto com a sua amada Lúcia Helena e os filhos Andréa, Mirella e Giancarlo.

Não foram poucas as vezes que ele nos brindava com as suas argumentações a respeito da cidade, dos movimentos sociais, do carinho que tinha pelas pessoas que o rodeavam e, principalmente, pela infância escolar e a sua juventude. Suas aparições em festividades variadas, com grupos e associações de matizes diferentes, davam-nos a certeza de um carinho todo especial pela cultura e pela educação, assim como pelo seu entrosamento com a sociedade de um modo geral.

O legado do Lôlo Ferracciù
O legado do Lôlo Ferracciù

Na verdade, Lôllo Ferracciù tinha pela sua cidade um amor sem igual e jamais olvidou de qualquer fato que pudesse alterar este seu comportamento de um filho nobre, numa cidade que o acolheu com desvelo nestes tantos tempos em que permaneceu na sua residência “Village Ferracciù”, lá pelas bandas da avenida Faria Lima, na Vila Fátima.

Quantas vezes ele nos disse de que se não amasse Capivari, então nem havia motivo para ali residir. Foi assim, desta forma e jeito, que levou a sua vida, após longos e longos anos de trabalho na Capital, promovendo o marketing nacional e criando bases sólidas da propaganda de empresas renomadas.

Incentivador da cultura, homem dedicado aos valores da sua terra natal, somos testemunhas desse seu desprendimento e de sua atuação, sempre colaborando e se manifestando a favor dos artistas da terra. Foi, na verdade, um mecenas, compartilhando com todos aqueles que se expressavam em termos de elevar o conhecimento sobre todos que lutaram com denodo pelas coisas capivarianas.

Enfim, podemos dizer de uma folha-corrida que se estende longamente, perdurando pelas ruas de Capivari e brilhando ao som e versos de João Prata: “De São Paulo um recanto abençoado…”

Assim, fechamos esta pequena homenagem póstuma, citando, também, Guimarães Rosa, quando ele nos afiança: “As pessoas não morrem, ficam encantadas”.

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