Irmãos e irmãs o evangelho de hoje nos mostra de maneira clara que Jesus não veio implantar sobre esta terra um reino político, terrestre, humano. O objetivo de Jesus é de fato mostrar a todos os seus discípulos que eles têm uma obrigação cívica para com a nação onde eles vivem.
Através desta pergunta feita pelos fariseus, que tinha segundas intenções, Jesus lança de maneira concreta os princípios da laicidade. Jesus não apoia uma confusão entre os poderes, não é da sua vontade que tanto o poder espiritual quanto o poder temporal estejam em oposição. Porém, ambos precisam ser respeitados e caminharem cada um segundo a sua jurisdição, pois na realidade todo poder implica serviço e não dominação.
Dessa maneira, podemos ver que o equilíbrio da sociedade se encontra na inclusão e não na exclusão de uma dessas partes. Quando uma sociedade exclui Deus ela está fadada a ruína pois não tem mais uma visão transcendente da sua própria essência. E quando uma sociedade quer fazer abstração do poder temporal que tem como missão assegurar a harmonia, equilíbrio e a justiça, ela também está condenada ao fracasso pois nega um atributo fundamental ao seu próprio ser que é a inteligência e a capacidade de se reinventar. Por isso ouçamos o apelo de Jesus hoje que nos convida a dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
