Parou, estático e perplexo
no tempo perdido
no espaço vazio
em busca da sua
sonhada Ventura
esta insolúvel incógnita
que tanto procura
e a vida lhe reservou
dentro de uma equação desvairada
que o Destino lhe guardou.
Refletiu, cabisbaixo e taciturno
revivendo emaranhadas malhas
que o Império lhe teceu
como nas sofridas
e flutuantes vicissitudes
de um barco à deriva
nas ondas do mar:
bravias tantas vezes
amenas outras,
à procura de uma ilha
de uma praia ou rochedo qualquer.
Seguiria por sóis causticantes
por noites frias e vazias:
Aldebarã por testemunha;
sem sonhos, sem fantasias
sem rumo, sem direção
sem dar-se conta
se primavera
ou se pleno verão!