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Por que estamos assim?

A mulher que pensa “Dona de casa o quê? Vou estudar, fazer faculdade, arrumar um bom emprego, ganhar muito dinheiro e depois pago uma empregada para cuidar da casa!”, ou o casal que diz “Filhos?! Deus me livre! É só dor de cabeça, gastos e mais gastos, filho é só pra dar trabalho! Melhor mesmo é adotar um Pet!”… Enganam-se a priori acerca de sua originalidade! Se esses pensamentos vigoram majoritariamente em nossa sociedade, infelizmente, não foi a “evolução natural da humanidade” que fez isso.

Donald T. Critchlow, um historiador norte-americano, desconfiava que tinha algo por trás do discurso tão defendido na segunda metade do século XX sobre a importância do “Planejamento Familiar”. Sua estratégia foi muito simples: conseguiu uma bolsa de estudos para pesquisar sobre Demografia e foi bater na porta da Fundação Rockefeller dizendo “gostaria de estudar a importância da Fundação Rockefeller no assunto”.

Foi recebido com muito entusiasmo! Deixaram que tivesse acesso inclusive aos arquivos secretos, onde estavam até os bilhetinhos em que Mr. Rockefeller III anotava seus pensamentos mais íntimos!

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Foto: Reprodução internet

O resultado do trabalho sério, diligente e minucioso desse historiador foi publicado no Brasil com o título de “Segundas Intenções – a Cultura da Morte e o Governo Americano”.

Tornou-se não somente um dos livros mais importantes para se compreender a problemática do aborto nos EUA e no mundo como também uma fonte de pesquisa para quem deseja compreender a fundo as causas recentes da Cultura da Morte.

O livro conta basicamente como foi que John D. Rockefeller III, e outras figuras importantes do cenário, preocupados com a “explosão demográfica”, conseguem mudar os rumos da sociedade, moldando-a para que aceitasse o aborto e toda uma mentalidade contraceptiva.

Começando por instituir o Conselho Populacional (que vai funcionar como uma espécie de cérebro da Cultura da Morte), esses atores vão financiar “novos estudos demográficos” nas Universidades do mundo todo, desenvolver novas tecnologias de contracepção, construir fábricas de DIU, preservativos, anticoncepcionais – especialmente nos países menos desenvolvidos, diga-se de passagem.

Vão treinar milhões de profissionais da saúde para a prática de esterilizações e abortos, implantar clínicas de aborto pelo mundo todo, conseguir altíssimo financiamento – não somente das grandes Fundações, mas até do próprio Governo Norte-americano, e vão até instrumentalizar a ONU, para que o alcance dessas ações fosse de fato global.

Porém, o que mais deveria nos chamar atenção no livro é que, no final da vida do Mr. Rockefeller III, seu empenho muda bruscamente de foco.

Depois de investir tanto dinheiro e forças nas ações supracitadas, ele entende que nada disso vai adiantar se não houver uma mudança na “mentalidade” das pessoas, e passa então a financiar ações que influenciassem a cultura, a saber: o movimento feminista, os direitos das minorias e a educação sexual liberal.

E qual foi o gérmen dessa mudança?

Um sociólogo, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, chamado Kingsley Davis, que estava envolvido desde o início com os estudos demográficos, publica na revista Science, em 1967, um trabalho intitulado “Política Populacional: os programas atuais terão sucesso?”.

Davis estava há anos estudando a própria estrutura da sociedade e percebe que as mudanças precisariam acontecer neste nível. É daí que podemos falar na tal da “engenharia social”.

Davis escreve em seu trabalho que se não houver uma mudança na estrutura da sociedade, a mulher não vai querer sair de casa, o casal não vai querer deixar de ter filhos, e as pessoas não vão deixar de querer constituir família. Ou seja, era necessário que a mulher estudasse e fosse emancipada para o mercado de trabalho, a ponto de ter que sair de casa e colocar o casamento em último plano.

Era necessário que fosse destruída a complementaridade do homem e da mulher, para que não desejassem mais constituir uma família. Era necessário que a atividade sexual fosse dissociada da reprodução, e tida como um fim em si mesmo, e para tanto bem serviria a educação sexual liberal desde cedo.

Não é curioso que essas coisas tenham se consolidado nas décadas seguintes, a tal ponto de hoje as mulheres pensarem primeiramente na própria carreira profissional, e os casais preferirem pets a filhos?
Nos próximos artigos trataremos mais a fundo da história que fez com que a sociedade de hoje chegasse a este ponto.

Camila Sordi Gil
Integrante do Grupo de Estudos Pró-Vida

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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